São Paulo, Segunda-feira, 22 de Março de 1999
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Política está embananada

da enviada especial

Habitado desde a pré-história por várias tribos indígenas, o Equador assistiu a inúmeras guerras pelo poder. Por volta do ano 1000, Quito, fundada pelos índios quitus, foi conquistada pelos caras.
No início do século 15, o território caiu nas mãos dos incas, que expandiam seu império. Entre 1533 e 1534 deu-se a dominação espanhola -Sebastian de Benalcazar invadiu Quito e criou o porto de Guaiaquil.
No século 18, chegaram os escravos para trabalhar nas plantações do litoral (cacau, café e banana); hoje, os negros formam cerca de 10% da população do país.
Enquanto isso, a idéia da independência ia tomando cor. Em 1822 Simon Bolívar (1783-1830) cria a Grande Colômbia (Equador, Colômbia e Venezuela). Oito anos depois, Antonio Sucre, um oficial de Bolívar, declara a independência do Equador.
Começa então uma grande turbulência política. Apenas entre 1830 e 1925 o país teve 40 governantes. Nos anos 30, revezaram-se no poder 14 presidentes.
Em 1964, uma vitória: a reforma agrária. Quase dez anos depois, outro alento para o país -em 73, o Equador juntou-se à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
Jaime Aguilera, morto em um acidente de avião em 1981, é eleito em 78. O social-democrata Rodrigo Borja, de orientação esquerdista, governa entre 1988 e 1992, quando passa o bastão para o conservador Durán Ballén.
Nas eleições de 96, vence o populista Abdalá Bucaram -da pequena minoria árabe que forneceu o atual presidente, Mahuad-, mais conhecido como "El Loco". Ele dança rock na TV, contrata parentes e é afastado por "incapacidade mental" em fevereiro de 97. O Congresso então elege um novo presidente, Fabián Alarcón, que agora está preso. Jamil Mahuad, no governo há sete meses, formou-se em direito em Harvard (EUA).

Bananas
O Equador exporta principalmente banana (cerca de 17% do total exportado), camarão (14%, em média) e café (cerca de 9%). Os pescados também têm importante papel econômico. Em 1993, renderam 330,7 mil toneladas.
A indústria é forte na área alimentícia, química, no refino de petróleo e no setor têxtil. Os maiores parceiros comerciais do país são os Estados Unidos, Japão, Colômbia, Alemanha, Itália e Coréia do Sul. (CAr)


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