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LINHA CRUZADA
Cidade colonial andina exibe casario antigo
Cuenca foi calçada
de poesia e história
da enviada especial
Há uma rua (ou melhor, muitas)
que mandaram ladrilhar com pedrinhas de 400 anos para os turistas passarem. Superhistórica, a cidade de Cuenca, na região sul dos
Andes equatorianos, é quase toda
colonial. De início indígena, foi reconstruída pelos espanhóis em
1557 e exibe um casario dos séculos
16 e 17, principalmente.
Você admira ali ruas, casas, prédios, igrejas, praças que desprendem história por todos os poros.
Em um traçado que lembra o de
Ouro Preto, as ruas se encarapitam
ladeira acima e abaixo em uma sucessão de sobrados coloridos e edifícios com pé-direito alto que revelam pátios, escadarias de madeira
antiga, chãos de pedra.
Deliciosamente parada no tempo, Cuenca mostra-se aos poucos
para o visitante. Para conhecê-la
bem, você tem de permanecer ali
pelo menos uns três dias.
É o tempo necessário para visitar
o indispensável: a catedral nova, as
igrejas El Carmen de la Asunción e
San Domingo, o museu do Banco
Central.
Na praça principal da cidade, ou
parque Calderón, a catedral nova,
do final do século passado, aponta
seus incongruentes domos azuis
para o céu. Toda de tijolos por fora,
a catedral tem um quê de "missões", apesar de estar longe do Cone Sul, pátria dessa arquitetura.
Ao lado da catedral, outra igreja,
outra praça. Você está no território
da El Carmen de la Asunción, de
1682, simples porém barroca, se é
que isso é possível. Em frente a ela,
várias índias vendem flores e mais
flores na pracinha, colorindo o ar.
Atravessando a rua, você está na
calçada do prédio da corte de Justiça. Entre. O pátio, com uma fonte
no centro, convida a uma incursão
pelo prédio todo. Vá até o último
andar, de onde se descortina uma
bela vista da cidade.
Pertinho dali está a Casa de Cultura, com obras de pintores locais.
Pitoresco. Já o museu do Banco
Central conta com um acervo de
peças arqueológicas e instrumentos musicais antigos. A igreja San
Domingo, deste século, tem portas
de madeira trabalhada.
(CARLA ARANHA)
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