São Paulo, Segunda-feira, 22 de Março de 1999
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HOTELARIA
Alta do dólar não afasta os projetos de expansão em solo nacional
Cinquentão no mundo, Club Med investe no Brasil

SILVIO CIOFFI
Editor de Turismo Às vésperas de completar 50 anos, o Club Med comemora duas décadas de Brasil e, apesar da alta do dólar -ou talvez por causa dela- , aposta no crescimento da taxa de ocupação de seus villages.
Para Janyck Daudet, 42, presidente do Club Med para a América do Sul, os resorts do grupo instalados na ilha de Itaparica (BA) e em Rio das Pedras (RJ) devem receber 61 mil hóspedes em 1999. No ano passado, esses dois villages totalizaram 59 mil hóspedes, com taxa média de ocupação de 72%.
Ancorado numa filosofia que data do pós-Guerra, o Club Med implantou cerca de 120 resorts em 36 países (leia texto na pág. seguinte).
Hoje controlado pela holding da Fiat, que detém 19% de suas ações, o Club Med conserva essa filosofia, mas investe na sofisticação dos villages e numa campanha unificada de publicidade que, a partir da França, seu país de origem, vai invadir o mundo da hotelaria.
Baseada na emoção e na "redescoberta" -conceito que, em hotelaria, significa atrair clientes habituais-, a campanha também servirá para lançar novos produtos.
Dentre eles, a novidade maior talvez seja a criação em Paris, no ano 2000, do primeiro Mini Club Med, um village para quem quer aproveitar a estrutura de esportes e lazer de um resort sem, no entanto, dormir no local.

No início, Itaparica
Primeiro resort do Club Med no Brasil, o village de Itaparica fica a cerca de uma hora de ferry-boat de Salvador e tem 330 bangalôs dotados de banheiro, ar-condicionado, frigobar, cofre e telefone.
Mas é o imenso coqueiral, a piscina de perder o fôlego, o campo de golfe de 9 buracos, a escola de circo e a possibilidade de praticar (sem custo adicional) esportes tão díspares como arco e flecha, tênis e vela que distingem esse resort.
Classificado como três tridentes numa escala que vai de um a quatro, o village de Itaparica tem ainda um enorme centro de convenções.
Sua receita deu tão certo que a direção do Club Med já está anunciando para o ano que vem a construção de mais um village na Bahia, provavelmente em Trancoso.
O novo resort, concebido para obter a classificação máxima de quatro tridentes -a mesma do village de Rio das Pedras-, deve consumir recursos da ordem de US$ 21 milhões.
Concluído, o novo resort baiano deverá ser o terceiro empreendimento do grupo na América do Sul - e, por uma feliz coincidência, será o terceiro Club Med em território brasileiro.


Silvio Cioffi viajou a convite do Club Med.


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