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Arco-íris coroa céu de Atacames
da enviada especial
Como definiu Pablo Neruda, que
sabia das coisas, o Pacífico é um
oceano de sete línguas e sete tigres.
Ávido, não tem quase nada do
"macio azul do mar" do Atlântico.
Esqueça, ao menos no litoral
norte do Equador, a orla de areia
branca com conchinhas e mar límpido. Não que seja sem graça banhar-se no país. Nada disso. A
água é até bem quentinha e faz sol
o ano todo, com temperaturas médias de 26 graus.
Ocorre apenas que, com uma
areia mais escura do que a das
praias brasileiras e uma maré que
sobe abruptamente, a praia reserva mais encantos no céu do que na
terra.
A popular Atacames, a 30 km da
cidade de Esmeraldas, no norte,
está mais para hard rock do que
para bossa nova. Dificilmente Tom
Jobim teria composto algo ali como "O Barquinho".
Seus olhos, em Atacames, tendem a ficar mais presos no firmamento do que no mar. Devido às
condições geográficas locais, um
fenômeno raríssimo em outras
partes do mundo ocorre ali. Arco-íris se formam em volta do Sol, em
ângulos de 360 graus.
Outra característica do lugar que
chama a atenção é a possibilidade
de ficar bem alojado gastando
pouco, muito pouco.
Para hospedar-se em chalés na
praia, com rede na varanda, você
não paga mais do que US$ 10 (o casal). É verdade que não há água
quente, mas até nos melhores hotéis de Atacames esse é um artigo
inexistente.
Se você não é exatamente um inveterado por hotéis cinco estrelas,
uma dica é o Cabañas Rincón del
Mar (tel. local 731-064), na praia,
com diária para casal a US$ 10.
O Hotel Casa Blanca (fax local
731-031) oferece apartamentos
com ar-condicionado e televisão
por cerca de US$ 40 (tarifa para casal).
(CAr)
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