São Paulo, Segunda-feira, 22 de Março de 1999
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Arco-íris coroa céu de Atacames

da enviada especial

Como definiu Pablo Neruda, que sabia das coisas, o Pacífico é um oceano de sete línguas e sete tigres. Ávido, não tem quase nada do "macio azul do mar" do Atlântico.
Esqueça, ao menos no litoral norte do Equador, a orla de areia branca com conchinhas e mar límpido. Não que seja sem graça banhar-se no país. Nada disso. A água é até bem quentinha e faz sol o ano todo, com temperaturas médias de 26 graus.
Ocorre apenas que, com uma areia mais escura do que a das praias brasileiras e uma maré que sobe abruptamente, a praia reserva mais encantos no céu do que na terra.
A popular Atacames, a 30 km da cidade de Esmeraldas, no norte, está mais para hard rock do que para bossa nova. Dificilmente Tom Jobim teria composto algo ali como "O Barquinho".
Seus olhos, em Atacames, tendem a ficar mais presos no firmamento do que no mar. Devido às condições geográficas locais, um fenômeno raríssimo em outras partes do mundo ocorre ali. Arco-íris se formam em volta do Sol, em ângulos de 360 graus.
Outra característica do lugar que chama a atenção é a possibilidade de ficar bem alojado gastando pouco, muito pouco.
Para hospedar-se em chalés na praia, com rede na varanda, você não paga mais do que US$ 10 (o casal). É verdade que não há água quente, mas até nos melhores hotéis de Atacames esse é um artigo inexistente.
Se você não é exatamente um inveterado por hotéis cinco estrelas, uma dica é o Cabañas Rincón del Mar (tel. local 731-064), na praia, com diária para casal a US$ 10.
O Hotel Casa Blanca (fax local 731-031) oferece apartamentos com ar-condicionado e televisão por cerca de US$ 40 (tarifa para casal). (CAr)


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