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É VERÃO
Jogar moedas nessa fonte é um ato mais turístico do que tentar ver o papa em uma das janelas do Vaticano
Trevi é a "fontana" extravagante de Roma
do enviado especial à Itália
Não foi sem motivo que o diretor
Federico Fellini instalou Anita Ekberg nas águas da Fontana di Trevi
no filme "A Doce Vida" (1960).
Extravagante como a atriz, a
fonte é um desses monumentos cinematográficos tão originais
quanto exagerados -e foi projetada por Nicolò Salvi (1697-1751),
a pedido do papa Clemente 12.
Com enormes figuras de mármore barrocas que retratam Netuno e cavalos-marinhos, a Fontana
di Trevi é um teatro de águas que,
hoje, funciona como um "caça-níqueis" da prefeitura romana.
Isso porque, em Roma, jogar
moedas nessa fonte é até mais turístico do que ir ao Vaticano para
tentar ver o papa, entre uma viagem e outra, numa daquelas janelas distantes.
O eterno retorno
Há quem acredite que atirar uma
moeda na Fontana de Trevi acabe
operando o milagre da reprodução das viagens a Roma.
Verdade ou mentira, a fonte localizada a duas quadras da Via del
Corso, uma das ruas comerciais
mais importantes da cidade, vale
ao menos uma visita rápida.
Construída na intersecção de
três ruas (daí seu nome), a fonte
que é um cartão postal da capital
italiana curiosamente nunca foi
vista por Salvi, pois só foi concluída em 1762, nove anos depois da
sua morte.
Restaurada em 1990, ano em que
a Itália hospedou sua Copa do
Mundo, o mármore branco da
fonte mais cênica de Roma recuperou o aspecto original.
Mas, eternamente abastecida pelo aqueduto Acqua Vergine, essa
fonte é referência para os turistas e
marca registrada da capital.
(
SC)
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