São Paulo, segunda, 22 de junho de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

É VERÃO
Jogar moedas nessa fonte é um ato mais turístico do que tentar ver o papa em uma das janelas do Vaticano
Trevi é a "fontana" extravagante de Roma

do enviado especial à Itália

Não foi sem motivo que o diretor Federico Fellini instalou Anita Ekberg nas águas da Fontana di Trevi no filme "A Doce Vida" (1960).
Extravagante como a atriz, a fonte é um desses monumentos cinematográficos tão originais quanto exagerados -e foi projetada por Nicolò Salvi (1697-1751), a pedido do papa Clemente 12.
Com enormes figuras de mármore barrocas que retratam Netuno e cavalos-marinhos, a Fontana di Trevi é um teatro de águas que, hoje, funciona como um "caça-níqueis" da prefeitura romana.
Isso porque, em Roma, jogar moedas nessa fonte é até mais turístico do que ir ao Vaticano para tentar ver o papa, entre uma viagem e outra, numa daquelas janelas distantes.

O eterno retorno
Há quem acredite que atirar uma moeda na Fontana de Trevi acabe operando o milagre da reprodução das viagens a Roma.
Verdade ou mentira, a fonte localizada a duas quadras da Via del Corso, uma das ruas comerciais mais importantes da cidade, vale ao menos uma visita rápida.
Construída na intersecção de três ruas (daí seu nome), a fonte que é um cartão postal da capital italiana curiosamente nunca foi vista por Salvi, pois só foi concluída em 1762, nove anos depois da sua morte.
Restaurada em 1990, ano em que a Itália hospedou sua Copa do Mundo, o mármore branco da fonte mais cênica de Roma recuperou o aspecto original.
Mas, eternamente abastecida pelo aqueduto Acqua Vergine, essa fonte é referência para os turistas e marca registrada da capital. ( SC)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.