São Paulo, segunda, 22 de junho de 1998

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É VERÃO
Nessa época do ano, as mostras temporárias podem ser apreciadas sem dificuldades, ao contrário das permanentes
Drible as filas para ver a Florença clássica

do enviado especial á Itália

Às margens do rio Arno, Florença, a capital da Toscana e do Renascimento, tem cerca de 500 mil habitantes e recebe 10 milhões de turistas anualmente. O resultado, sobretudo agora, na temporada de verão, se traduz em filas infinitas.
Ver por dentro o Duomo -erguido, ao longo de seis séculos, a partir de 1296- e o campanário de Giotto -terminado em 1359-, ao lado, pode se transformar num inferno nessa época.
Passar as "Portas do Paraíso", que Lorenzo Ghiberti executou de 1424 a 1452, e entrar no Battistero, prédio que remonta ao século 4º (e onde Dante Alighieri foi batizado), é outra cruzada inglória.
Só quem cair da cama de madrugada consegue, agora, ver a Florença que se esconde dentro de locais como a Galleria dell'Accademia, onde está a estátua de David, criada por Michelângelo, em 1504.
Exceção, a Galleria degli Uffizi, que expõe o óleo "Nascimento da Vênus" (c.1485), de Botticelli, parece ter contornado o problema.
Assim, se você não se contenta em fazer programas ao ar livre -que, em Florença, incluem visitar a Ponte Vecchio, de 1345, e admirar as fachadas do Palazzo Vecchio, erguido entre 1229 e 1304-, dá para apelar para a informática.
Quem faz reserva pelo site "Weekend a Firenze" (http://www.weekendafirenze.com), recebe o código de confirmação para driblar as filas, que dão a volta nos quarteirões do centro histórico.
Mas, além dos passeios convencionais, Florença tem exibições novas, que os turistas não prestigiam com a mesma fúria. Uma delas, a mostra "O Tempo dos Nabis", no Palazzo Corsini, reúne, até o dia 28, óleos de Bonnard, Vuillard e Vallotton. ( SC)



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