DO ENVIADO ESPECIAL

A única estrada que leva a Manaus e está em boas condições funciona apenas das 5h às 18h. Isso porque a BR-174, via que liga Manaus a Boa Vista (Roraima) e, depois, à Venezuela, é fechada por índios às 18h e reaberta só de manhã.
Segundo os locais, esse é o período de caça dos índios de uma tribo que tem sua reserva cortada pela estrada, o que justificaria o controle do trânsito. Mas o fechamento da estrada agrava o isolamento de Manaus, uma cidade quase desligada do resto do país.
Por rio, a capital mais próxima é Belém (PA). A viagem leva seis dias nas embarcações regionais.
Para sair de carro de Manaus rumo a Estados ao sul do país é preciso embarcar o veículo em balsas e retirá-lo em Belém.
Boa parte dos locais nunca conheceu outras regiões do país. O isolamento gera a elevação do preço de produtos básicos, como o de verduras e legumes.
Para os turistas, a porta de entrada é o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, e o transporte local é feito por meio de barcos.
As construções de Manaus são todas projetadas prevendo as cheias dos rios.
O cais do porto flutua nas águas do rio Negro sobre grandes madeiras.
Por ser um dos portões de entrada da maior reserva ecológica do país, a Amazônia, a presença de estrangeiros é uma constante. A cidade tem hoje cerca de 1,4 milhão de habitantes. (RB)


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