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Tucunaré isca convidados para a pesca
DO ENVIADO ESPECIAL
Os pescadores já podem preparar seus anzóis e seus molinetes.
Começou neste mês de setembro
a alta temporada de pesca no Estado do Amazonas, que tem buscado o título de principal destino
do país para a prática da pesca esportiva em águas doces.
O período denominado vazante, que vai de setembro até fevereiro, torna a pesca propícia, pois
é nesses meses, após as épocas de
cheia, que os peixes deixam os lagos e começam a subir à cabeceira
do rio, facilitando a captura.
Apesar de os municípios de Manicoré e Barcelos serem referência
no Estado para esse tipo de pesca,
muitos turistas buscam Manaus,
a capital, pelo fato de a cidade ser
o ponto aéreo de partida e chegada ao Amazonas.
A Amazonastur (Agência de
Turismo do Amazonas) estima
que o Estado receba em média
4.400 turistas por ano que viajam
em busca da pesca esportiva, conhecida popularmente como pesca-e-solta.
Os negócios em torno desse tipo
de turismo movimentam por ano
no Amazonas US$ 10 milhões, segundo a agência estatal.
Graças ao tucunaré, apontado
como embaixador local da pesca
esportiva em água doce, o Estado
tem se tornado o principal ponto
de pesca no país, ao lado do tradicional Pantanal mato-grossense.
É principalmente nas calhas dos
rios Negro e Madeira que os turistas buscam o tucunaré de grande
porte (tucunaré-açu). Em 1994,
um pescador dos EUA fisgou no
rio Negro, na cidade de Barcelos,
um exemplar da espécie com 12,5
quilos batendo, na época, o recorde mundial e atraindo para o Estado a atenção de aficionados.
O tucunaré ganha cada vez mais
seguidores não só pela beleza de
sua coloração (amarelo-avermelhado) mas principalmente pela
fama de ser um dos peixes mais
brigadores ao ser fisgado.
Apesar de ser considerado a estrela da região, os rios do Amazonas são repletos de outras espécies, como o jaraqui, o pacu, o surubim, o tambaqui, o pirarucu e o
dourado. Os rios do Estado têm
aproximadamente 2.500 espécies
de peixes conhecidas, mas menos
de 20 delas são exploradas comercialmente.
Segundo as agências locais de
turismo, que desenvolvem pacotes voltados para esse tipo de pesca (confira em www.manaus
tur.com.br), os norte-americanos
formam o público mais cativo da
caça ao tucunaré.
No Brasil, estima-se que existam cerca de 200 mil pescadores
esportistas, segundo o Programa
Nacional de Desenvolvimento da
Pesca Amadora, do Ibama.
Nos EUA, o número de pescadores credenciados chega a 37,5
milhões. Nesse país, há políticas
de prática do esporte muito bem
definidas, o que falta no Amazonas. Mas a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Estado
já vem elaborando medidas que,
além de definir critérios para a
pesca, também possam render
tributos para a região.
(RB)
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