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ÚLTIMO DESEJO
Escritor doou à cidade, famosa pelas vinícolas, propriedade com capela e casa-grande erguidas no séc. 17
São Roque desfruta bem de Mario de Andrade
MARGARETE MAGALHÃES
ENVIADA ESPECIAL A SÃO ROQUE (SP)
Com nome de santo de origem
francesa, São Roque, a 59 km de
São Paulo, deve prestar reverência
a outro canonizado, o Antônio.
Graças a ele, a cidade acolheu o
escritor Mario de Andrade (1893-1945), que realizou um sonho pessoal quando comprou, poucos
meses antes de morrer, o sítio
Santo Antônio -uma propriedade com capela e casa-grande que
tem hoje 320 anos.
Localizado a 7 km do centro, a
igreja, erguida em taipa de pilão,
datada de 1681, pertenceu ao bandeirante Fernão Paes de Barros e
foi, há 60 anos, tombada com empenho pessoal do modernista.
Restaurada e reinaugurada em
1999, a capela é uma das principais atrações turísticas de São Roque. O desenho do prédio serve
até para ilustrar o rótulo de uma
das marcas de vinho da cidade.
São Roque perdeu quase todas
as 120 vinícolas que ali existiam
nos anos 60. Hoje, os poucos vinhateiros tentam reconstruir a
imagem do vinho. No circuito das
adegas, na estrada do Vinho e arredores, pode-se degustar a bebida, ver peças antigas utilizadas
para produzi-la e até fazer uma visita guiada em uma vinhataria.
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