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AMAZÔNIA PARA TURISTA
A 107 km de Manaus, região ecológica festeja o cupuaçu entre cobras, borboletas e tartarugas
Presidente Figueiredo convida à aventura
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Florestas, cavernas, rios, cachoeiras e cascatas põem em evidência a região de Presidente Figueiredo, encantada pelas águas e
cujos passeios estão associados a
elas. Turistas e manauaras em
busca de turismo ecológico e de
aventura rumam para essa cidade, a 107 km ao norte de Manaus,
nos finais de semana.
Além do lago de Balbina e da hidrelétrica de mesmo nome, que oferecem passeios de
barco, pesca de tucunaré e visitas
à estação de piscicultura e a um
centro de proteção e pesquisa de
mamíferos aquáticos e quelônios
(ordem de animais que compreende as tartarugas, os cágados
e os jabutis), Presidente Figueiredo é cercada por corredeiras, trilhas, grutas e cavernas com vestígios de sítios arqueológicos.
De 27 a 30 de março, o município abriga a Festa do Cupuaçu,
fruta da qual é o maior produtor
no Amazonas. Outro evento popular é o torneio de pesca esportiva
do tucunaré, em outubro.
Mas, sem dúvida, as cerca de
cem cachoeiras de Presidente Figueiredo e as trilhas que conduzem a elas são os principais chamarizes para o turismo. Como a
grande maioria das quedas-d'água fica dentro de fazendas, os
donos dessas propriedades cobram R$ 4 por pessoa ou R$ 10
por veículo para a visitação.
Durante o passeio, fique de olho
nos tucanos, nas araras e nas cutias que cruzam a estrada com freqüência. Florestas floridas ou exóticas servem de moldura para o
flanar de borboletas azuis
-aquelas que são vendidas em
casas de suvenires do Brasil.
Algumas cachoeiras receberam
seus nomes devido à presença de
animais no local, como as cachoeiras do Boto, das Araras e da
Onça. Quando descobriram esta
última, os mateiros testemunharam uma onça bebendo água. O
curioso é que as cachoeiras têm
quedas não muito elevadas, mas
suas larguras podem chegar a 26
m, como a da Neblina.
Na trilha de floresta alta para a
cachoeira das Orquídeas, a mata é
peculiar e não é raro encontrar
cobras-cipó, jararacas e corais.
Por isso coragem.
Os mais precavidos devem ser
acompanhados por guias nas cachoeiras mais selvagens. Alguns
pontos são organizados e possuem infra-estrutura, com restaurante, hospedarias, sanitários e
trilhas construídas, como a do
Santuário e a de Iracema.
Outras cachoeiras mais distantes requerem equipamentos adequados para passeios na selva. Os
mais aventureiros podem adentrar na floresta ou seguir os rios
para descobrir outras surpresas,
desde que tenham autorização
dos proprietários e sejam acompanhados de guias.
Hospedagem
O hotel Maruaga é um dos mais
tradicionais e antigos da cidade.
Fica perto da estação rodoviária.
E é simples, mas bem funcional.
Os fundos da vizinha pousada
Cocal dão para uma floresta. Já a
pousada da Jibóia tem um minizôo, muito criticado por manter
animais em cativeiro.
Todos ficam no centro e em geral têm algum probleminha: ou
não funciona o ar-condicionado
ou o escoamento de água do chuveiro não é adequado.
Mais afastados, os chalés fora da
cidade, como o Iracema Falls, o
Acqua Park e o Santuário, são
mais interessantes do que os
apartamentos do centro. O Iracema Falls, cujas diárias dos chalés
são as mais caras, tem até centro
de convenções.
(RAUL INUI)
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