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CARIBE
Além de espécies endêmicas, local, que pertence a Porto Rico, tem mais de 2.000 iguanas ameaçados por predadores
Ilha Mona atrai caçadores de porcos, biólogos e turistas
DA ASSOCIATED PRESS
Caça, exploração de cavernas,
mergulho e visita a um farol concebido por Eiffel. Durante quatro
meses do ano, a ilha Mona, localizada entre Porto Rico e a República Dominicana, atrai centenas de
caçadores das ilhas caribenhas.
Biólogos estimam que a ilha seja
habitada por mais de 2.000 iguanas, que foram trazidos à ilha no
século 18 e hoje são ameaçados
por predadores.
Porcos devoram os ovos de
iguanas, gatos caçam os jovens
répteis e cabras alimentam-se das
mesmas plantas que eles. Os caçadores, portanto, ajudam a proteger os Cyclura cornuta stejnegeri.
Em 1999, cientistas começaram
a procurar ninhos de iguanas e a
criá-los até que eles fossem capazes de se proteger.
Chamada de "Galápagos do Caribe", pela vida selvagem e pelo
isolamento, a ilha abriga mais de
50 espécies de aranhas, além de
falcões e de tartarugas em extinção. No inverno, a temperatura na
ilha Mona alcança 43 C.
Cerca de 200 cavernas de pedra
calcária aguardam a visita de exploradores, algumas com sinais
dos índios da tribo taino, que habitaram o local antes da chegada
dos conquistadores espanhóis.
Na costa leste, um farol que precisa de restauração chama a atenção dos visitantes, pois, de acordo
com o Instituto de Cultura de
Porto Rico, ele teria sido projetado pela companhia de Alexandre
Gustave Eiffel, responsável pela
torre que leva seu nome em Paris.
A ilha foi habitada pela última
vez nos anos 40, quando o Corpo
de Conservação Civil enviou centenas de pessoas para plantarem
árvores, com o objetivo de criar
oportunidades de trabalho.
Mona também é ponto de parada de alguns imigrantes ilegais
dominicanos que tentam chegar a
Porto Rico e param na ilha quando enfrentam o mar bravo ou têm
dificuldades com o barco.
A ilha é visitada por biólogos,
caçadores e turistas, que precisam
de autorização do Departamento
de Fontes Naturais. A única forma de acomodação é dentro de um camping, cuja diária custa US$ 4 por
pessoa, com jantar. O prato principal é carne de cabra.
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