São Paulo, quinta-feira, 23 de setembro de 2010

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Demolições atingem os bairros mais tradicionais

Um terço dos "hutong" da primeira metade do século 20 está de pé

Parte da identidade da cidade, bairros típicos guardam labirintos de ruas e casas com pátios internos murados

DO ENVIADO A PEQUIM

Assim como no restante da China, a história nem sempre foi generosa com Pequim. Desde que se tornou capital de impérios durante a dinastia Yuan, no século 13, a cidade foi arrasada e reconstruída em diversas ocasiões.
Passou pelas mãos de de imperadores mongóis, das dinastias Ming e Qing, e perdeu o título de capital duas vezes para Nanquim, a "capital do sul". Por centenas de anos foi considerada a maior cidade do mundo.
Pequim é uma cidade que mais uma vez parece querer distância do passado. Mesmo que a voracidade econômica da cidade não chegue aos níveis estratosféricos de outras metrópoles chinesas, a história continua sendo apagada das ruas da capital.
As muralhas da Pequim medieval da era Ming, por exemplo, já haviam sido destruídas no período pós-revolucionário da década de 50. Desde então, enormes áreas da cidade vem sendo gradualmente demolidas para abrir espaço para novas ruas e empreendimentos.
Com elas se vão parte integral da identidade da cidade, os "hutong". São os bairros tradicionais de Pequim, alguns com mais de 900 anos, caracterizados por labirintos de ruas estreitas e casas com pátios internos murados.
Estima-se que cerca de 20% da população da cidade ainda viva nessas áreas, mas que só um terço dos "hutong" existentes na primeira metade do século 20 ainda esteja de pé.
Alguns dos principais "hutong" que ainda sobrevivem ficam próximos a Torre do Tambor e do Sino, e nos arredores da Nanluogu Xiang, típica rua tradicional, hoje com lojinhas e restaurantes.
Perto daqui fica uma das mais belas áreas da cidade, conhecida como Shichahai. Aqui ficam os lagos de Qianhai, Xihai e Houhai. (PC)


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