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Passageiros usam Twitter para exigir providências
Clientes dizem receber respostas rápidas quando reclamam pela internet
Usuários da rede social postam suas sugestões, críticas e reclamações, esperando rapidez na solução de problemas
VITOR SION
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Embora ainda não represente nem 10% das mensagens recebidas pelas empresas aéreas, o Twitter começa
a ser descoberto pelos passageiros como um novo canal
de comunicação.
Esperando uma resposta
da companhia aérea -ou, no
mínimo, apoio dos amigos e
seguidores-, os usuários
postam críticas, reclamações
e sugestões nessa rede social.
Foi o que fez o universitário Alanderson Viana, 21, depois de dias de tentativas
frustradas por telefone para
estornar a dupla cobrança de
uma passagem.
"Quis fazer um desabafo e
ver se chamava a atenção para resolverem mais rapidamente o meu caso", conta.
Poucas horas depois, a TAM
entrou em contato com Alanderson, dando uma previsão
de data para o reembolso.
A publicitária Ana Carolina Lemos, 32, diz que a Gol
tenta acalmar os passageiros
pela internet para evitar que
problemas individuais ganhem repercussão e arranhem a imagem da empresa.
O gerente de comunicação
online da empresa, Fábio Lobo, admite que o crescimento
desse canal de comunicação
foi surpreendente, já que ele
sequer existia há dois anos.
Hoje, as cinco principais
empresas aéreas do país já
possuem Twitter (TAM
(@TAMAirlines), Gol
(@GOLcomunicacao), Azul
(@azulinhasaereas), Webjet
(@Webjet) e Trip (@VoeTRIP). Além de eventualmente responder aos clientes, elas aproveitam o Twitter
como ferramenta para divulgar as suas promoções.
DESCONGESTIONANDO
O responsável pelo marketing interativo da Azul, Fabio Marão, acredita que cada
tuitada representa uma ligação telefônica a menos, o que
deve ajudar a descongestionar este serviço, que costuma
ser muito criticado.
Em junho, reportagem da
Folha mostrou que as companhias pagam apenas
17,5% das multas impostas
pela Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac) por má
qualidade de serviços.
Para o presidente da agência digital iThink, Marcelo
Tripoli, as empresas aéreas
não utilizam todas as ferramentas. Ele cita o exemplo
dos EUA, em que promoções
são divulgadas a duas horas
do voo para evitar o prejuízo
de assentos vagos.
"As redes sociais são um
meio de reduzir os custos, e
as empresas não têm a escolha de entrar ou não no Twitter. Caso contrário, serão criticadas pelas costas", diz.
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