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debaixo d'água
Escolas em SP leva m às profundezas do oceano
BÊ-A-BÁ SUBAQUÁTICO Curso básico permite que o aluno desça a 18 metros
MARINA DELLA VALLE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Verão pede mar - e, para os
mais inquietos, o passeio pode
não se limitar à superfície. Conferir ao vivo a vida submarina,
os peixes e os corais sob a água
implica em fazer um curso de
mergulho autônomo.
A reportagem da Folha consultou oito escolas paulistanas
especializadas na matéria para
elencar o que elas ensinam em
uma semana de curso. Metade
do conhecimento é adquirido
na sala de aulas, e a outra metade, na piscina. E conferiu dicas
de check-out -o "batismo"
submarino-, saída para o mar
que credencia mergulhadores.
As escolas de mergulho em
geral oferecem aulas durante o
período noturno, em quatro ou
cinco dias, ou um curso intensivo durante o final de semana.
Depois disso, é a vez das aulas de mar, normalmente feitas
durante um final de semana
em que o aluno tenha disponibilidade de viajar. Uma vez batizado, o novo mergulhador recebe uma certificação internacional - como PADI, Naui,
PDIC-, que, além de permitir
mergulhos em outros lugares
do mundo, dentro do nível cursado, ainda permite a anotação
da descrição de cada incursão
submarina.
"O curso básico de mergulho
autônomo permite que o mergulhador alcance até 18 metros
de profundidade. A partir daí, o
fundo é o limite", brinca Sidnei
Akira Matsuda, o Akira, da Divers College, instrutor de mergulho desde 1981.
Mas é bom lembrar que, para
alcançar maiores profundidades, é preciso fazer cursos mais
específicos. "O curso avançado
permite a descida até 30 metros; o especial, até 40 metros;
e o trimix, de 70 metros a 100
metros", conta Akira.
A necessidade de treinamento continuado para alcançar
mais profundidade é coisa séria. Com a pressão aumentando, surgem os riscos de barotraumas, é preciso entender o
que se passa com o ar dentro
dos pulmões e das cavidades
aéreas do corpo -e sobretudo
ter técnicas para alcançar a superfície com segurança ao fim
da jornada submarina.
E há quem vá de fato fundo
no esporte. A procura por cursos de mergulho técnico -ou
TEK, prática de mergulho autônomo avançada- tem aumentado. Com misturas gasosas em vez de ar comprimido "é
possível alcançar novos patamares", diz Patrick Muller, da
Atlantis Divers.
Passo a passo
Para começar o curso, o aspirante a mergulhador deve ter
mais de dez ou 12 anos, dependendo da certificadora, e investir em um par de nadadeiras,
máscara e snorkel, os equipamentos básicos. O mergulho
não é aconselhável para epiléticos, cardíacos e pessoas com
problemas respiratórios.
Mas como escolher um bom
curso? Mergulhar nos sites
mencionados na pág. F12 pode
ser um bom começo. Visitar algumas escolas também pode
ajudar na decisão.
"O fator humano é o mais importante. Gente treinada é fundamental", diz Robert Zwirn,
da Aquadive, que mergulha há
32 anos. "A dica é procurar uma
escola recomendada por conhecidos e conversar com os
instrutores, para saber como
são as aulas."
Há outros fatores que influenciam na hora de escolher
uma escola de mergulho. "As
aulas teóricas devem ser dadas
em piscinas cobertas e aquecidas com no mínimo 3 metros
de profundidade", aconselha
Zwirn. "A embarcação usada na
aula de mar, ou check-out, também deve estar preparada para
a prática do mergulho, com
equipamento de salvatagem,
portas e escadas adequadas."
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