São Paulo, quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

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debaixo d'água

Escolas em SP leva m às profundezas do oceano

BÊ-A-BÁ SUBAQUÁTICO Curso básico permite que o aluno desça a 18 metros

MARINA DELLA VALLE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Verão pede mar - e, para os mais inquietos, o passeio pode não se limitar à superfície. Conferir ao vivo a vida submarina, os peixes e os corais sob a água implica em fazer um curso de mergulho autônomo.
A reportagem da Folha consultou oito escolas paulistanas especializadas na matéria para elencar o que elas ensinam em uma semana de curso. Metade do conhecimento é adquirido na sala de aulas, e a outra metade, na piscina. E conferiu dicas de check-out -o "batismo" submarino-, saída para o mar que credencia mergulhadores.
As escolas de mergulho em geral oferecem aulas durante o período noturno, em quatro ou cinco dias, ou um curso intensivo durante o final de semana.
Depois disso, é a vez das aulas de mar, normalmente feitas durante um final de semana em que o aluno tenha disponibilidade de viajar. Uma vez batizado, o novo mergulhador recebe uma certificação internacional - como PADI, Naui, PDIC-, que, além de permitir mergulhos em outros lugares do mundo, dentro do nível cursado, ainda permite a anotação da descrição de cada incursão submarina.
"O curso básico de mergulho autônomo permite que o mergulhador alcance até 18 metros de profundidade. A partir daí, o fundo é o limite", brinca Sidnei Akira Matsuda, o Akira, da Divers College, instrutor de mergulho desde 1981.
Mas é bom lembrar que, para alcançar maiores profundidades, é preciso fazer cursos mais específicos. "O curso avançado permite a descida até 30 metros; o especial, até 40 metros; e o trimix, de 70 metros a 100 metros", conta Akira.
A necessidade de treinamento continuado para alcançar mais profundidade é coisa séria. Com a pressão aumentando, surgem os riscos de barotraumas, é preciso entender o que se passa com o ar dentro dos pulmões e das cavidades aéreas do corpo -e sobretudo ter técnicas para alcançar a superfície com segurança ao fim da jornada submarina.
E há quem vá de fato fundo no esporte. A procura por cursos de mergulho técnico -ou TEK, prática de mergulho autônomo avançada- tem aumentado. Com misturas gasosas em vez de ar comprimido "é possível alcançar novos patamares", diz Patrick Muller, da Atlantis Divers.

Passo a passo
Para começar o curso, o aspirante a mergulhador deve ter mais de dez ou 12 anos, dependendo da certificadora, e investir em um par de nadadeiras, máscara e snorkel, os equipamentos básicos. O mergulho não é aconselhável para epiléticos, cardíacos e pessoas com problemas respiratórios.
Mas como escolher um bom curso? Mergulhar nos sites mencionados na pág. F12 pode ser um bom começo. Visitar algumas escolas também pode ajudar na decisão.
"O fator humano é o mais importante. Gente treinada é fundamental", diz Robert Zwirn, da Aquadive, que mergulha há 32 anos. "A dica é procurar uma escola recomendada por conhecidos e conversar com os instrutores, para saber como são as aulas."
Há outros fatores que influenciam na hora de escolher uma escola de mergulho. "As aulas teóricas devem ser dadas em piscinas cobertas e aquecidas com no mínimo 3 metros de profundidade", aconselha Zwirn. "A embarcação usada na aula de mar, ou check-out, também deve estar preparada para a prática do mergulho, com equipamento de salvatagem, portas e escadas adequadas."


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