São Paulo, segunda, 24 de fevereiro de 1997.

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A ILHA
Coma mais e pague menos nos `paladares', refeitórios em casas de família, mas cuidado para não ser explorado
Prato vale o salário de um médico cubano

free-lance para a Folha

Comer e andar de táxi em Cuba exigem habilidade. Os restaurantes para turistas são caros, as porções são individuais e você corre o risco de sair com fome.
Para garantir boa qualidade, o melhor é pedir frango. Como no Brasil, a avicultura parece ter dado certo em Cuba. Se optar por um prato de frutos do mar, por exemplo, você pode receber meia dúzia de camarões pequenos e duas colheres de arroz por US$ 12 -o salário de um médico cubano.
Em Havana, o governo permite que algumas famílias sirvam refeições baratas nos chamados "paladares". São boa opção para quem não pode gastar muito e quer conhecer a típica família cubana.
Antes de ir, porém, informe-se sobre o lugar. Sua fome pode desaparecer se você topar com cerveja falsificada, comida duvidosa e a família tentando vender charutos ou tirar a sua sorte nas cartas.
Para andar de táxi, há três opções. Os oficiais usam carros novos, mas a tarifa é alta. Os motoristas ganham US$ 10 de salário, o que significa gorjeta na conta final.
Os particulares autorizados acertam o preço antes da corrida e pagam taxas ao governo para trabalhar. São bem mais em conta.
Já os particulares completamente fora-da-lei, são dirigidos por motoristas que fogem da polícia. Aí não tem jeito. Na maioria são automóveis russos, prontos para estacionar no ferro-velho.
(MARISA MELIANI)

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