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Bumba-boi não brinca na festa
DA ENVIADA ESPECIAL
O Carnaval em São Luís nunca
foi uma festa muito explorada,
apesar da riqueza cultural e da
farta diversidade de ritmos que
florescem na cidade. Agora, esse
cenário promete se transformar.
"Vamos reconstruir o Carnaval",
garante o gerente de cultura do
Estado, Luís Henrique Bulcão.
A estratégia do governo do Estado é estender ao Carnaval a mesma popularidade desfrutada pelos festejos de São João, quando a
cidade literalmente pára para assistir à riqueza dos autos do Boi,
ou Bumba-Boi.
A tradição da capital maranhense, originalmente, é junina.
Tanto que o bois permanecerão
resguardados durante o Carnaval
e quem for até lá pensando em
acompanhar os autos deve saber
que eles só acontecem em junho.
Por outro lado, essa é a época de
conhecer os "fofões", pessoas fantasiadas que guardam seu anonimato por trás de máscaras de papel machê e vestes folgadas. Ele é
o personagem típico da folia maranhense.
Entre os brinquedos, vale conferir as casinhas do sertão ou casinhas da roça, formato inusitado
em que uma espécie de tapera
construída sobre uma estrutura
móvel desfila pelas ruas com os
foliões. "Elas andam no meio do
povo e no seu interior são preparados comes e bebes degustados
ali mesmo", descreve Bulcão.
Blocos organizados; blocos alternativos; blocos tradicionais;
blocos de sujos, como são conhecidas as troças de improviso; turmas de samba para os boêmios;
tribos para relembrar o elemento
indígena; pierrôs e colombinas,
como nos antigos Carnavais da
Europa: muitos são os personagens dessa festa.
A música é basicamente percussiva, com destaque para o tambor
de crioula, ritmo frenético e sensual que convida à dança. (TD)
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