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São Paulo, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003

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Bumba-boi não brinca na festa

DA ENVIADA ESPECIAL

O Carnaval em São Luís nunca foi uma festa muito explorada, apesar da riqueza cultural e da farta diversidade de ritmos que florescem na cidade. Agora, esse cenário promete se transformar. "Vamos reconstruir o Carnaval", garante o gerente de cultura do Estado, Luís Henrique Bulcão.
A estratégia do governo do Estado é estender ao Carnaval a mesma popularidade desfrutada pelos festejos de São João, quando a cidade literalmente pára para assistir à riqueza dos autos do Boi, ou Bumba-Boi.
A tradição da capital maranhense, originalmente, é junina. Tanto que o bois permanecerão resguardados durante o Carnaval e quem for até lá pensando em acompanhar os autos deve saber que eles só acontecem em junho.
Por outro lado, essa é a época de conhecer os "fofões", pessoas fantasiadas que guardam seu anonimato por trás de máscaras de papel machê e vestes folgadas. Ele é o personagem típico da folia maranhense.
Entre os brinquedos, vale conferir as casinhas do sertão ou casinhas da roça, formato inusitado em que uma espécie de tapera construída sobre uma estrutura móvel desfila pelas ruas com os foliões. "Elas andam no meio do povo e no seu interior são preparados comes e bebes degustados ali mesmo", descreve Bulcão.
Blocos organizados; blocos alternativos; blocos tradicionais; blocos de sujos, como são conhecidas as troças de improviso; turmas de samba para os boêmios; tribos para relembrar o elemento indígena; pierrôs e colombinas, como nos antigos Carnavais da Europa: muitos são os personagens dessa festa.
A música é basicamente percussiva, com destaque para o tambor de crioula, ritmo frenético e sensual que convida à dança. (TD)

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