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AÇÃO INTERNACIONAL
Operadora brasileira aderiu ao projeto em março
Código une empresas contra turismo sexual infantil
DA REDAÇÃO
O Carlson, um dos maiores grupos de turismo do mundo, assinou na semana passada um código de conduta para proteger
crianças contra a exploração sexual no turismo, lançando a iniciativa na América do Norte.
Promovido pelo Unicef (órgão
das Nações Unidas para a infância) e pela Organização Mundial
do Turismo, o código é um projeto que visa aliar o setor do turismo
a um grupo defensor dos direitos
da criança, o Ecpat (sigla em inglês para fim da prostituição infantil, pornografia e tráfico infantil com propósitos sexuais).
"É hora de dar um passo e atacar esse problema", disse Marilyn
Carlson Nelson, presidente do
grupo, que inclui a Carlson Wagonlit Travel -a segunda maior
empresa de viagens do mundo-,
os hotéis Radisson e várias redes
de restaurante.
Com a assinatura do código, organizações de turismo e operadores -incluindo agentes de viagem, hotéis e companhias aéreas- querem estabelecer uma
política corporativa contra o turismo sexual infantil. As medidas
incluem treinamento dos funcionários para saber lidar com o problema o fornecimento de informações ao setor sobre os clientes.
"Isso significa que as pessoas da
indústria do turismo saberão como lidar com esses problemas
quando confrontadas com eles",
diz Carol Smolenski, diretora do
Ecpat nos EUA.
De acordo com o Ecpat, o código de conduta está sendo implementado por mais de 50 operadoras de turismo em 13 países.
"A indústria do turismo é crítica
na luta contra a exploração sexual. Não podemos mais olhar
para o outro lado enquanto pessoas de nossa própria comunidade estão abusando das nossas
crianças nas formas mais impensadas", disse Carol Bellamy, diretora do Unicef.
A entidade estima que 2 milhões de crianças no mundo estejam envolvidas no multimilionário negócio sexual. A maioria das
vítimas são meninas, e os maiores
centros de turismo sexual são
Acapulco (México), Bancoc (Tailândia), Rio de Janeiro, Bali (Indonésia) e Camboja.
Brasil
No mês passado, a operadora
FreeWay Adventures assinou o
acordo para a implementação
desse código na luta contra o turismo sexual com crianças.
Segundo Edgar Werblowsky,
diretor da empresa, a FreeWay se
compromete a "envidar esforços"
para que fornecedores e clientes
tomem conhecimento do código
e ajudem a coibir a exploração sexual infantil.
A empresa, por exemplo, já rejeitou pedido de operador internacional ao perceber que a solicitação do cliente tinha propósitos
de turismo sexual com crianças.
"Já começamos a trabalhar e a
sensibilizar a nossa rede de fornecedores, hotéis, pousadas, receptivos. A segunda etapa é, agora,
preparar o material detalhando o
que cada um fará para pôr as
ações em prática. Na terceira, um
folheto será distribuído para todos os viajantes com o intuito de
coibir a exploração sexual da
criança no turismo", diz.
Grupos de direitos humanos estimam que, no Brasil, entre 100
mil e 500 mil crianças se prostituam. Informações para aderir ao
código podem ser obtidas no site
www.thecode.org.
Com agências internacionais.
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