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TAIWAN
Reconhecido oficialmente por 29 países, tigre asiático quer mais apoio diplomático e visitantes estrangeiros
País cultua legado chinês e modernidade
VIVALDO DE SOUSA
enviado especial a Taiwan
É tudo chinês, mas as diferenças
são claras. Taiwan, uma ilha de 36
mil km2, bem na frente da enorme
República Popular (9,5 milhões de
km2), é a China capitalista.
Situada a 160 km da costa sul da
China, Taiwan é um país cada vez
mais interessado em receber visitantes. Apesar de manter relações
diplomáticas com apenas 29 países
e ter escritórios comerciais em outros 91 -é o caso do Brasil-, Taiwan é um país em busca de uma
saída para o seu isolamento.
A abertura é clara, mas a sociedade adapta-se lentamente à idéia de
receber estrangeiros. Exemplo:
quem não fala chinês tem de tomar
cuidado quando andar de táxi em
Taipé, a capital. A maioria dos motoristas fala apenas o mandarim. É
bom ter o nome e o endereço do
hotel anotados para emergências.
Quem chega pelo aeroporto
Chiang Kaishek percebe, já no caminho para Taipé, que o governo
está realizando diversas obras de
modernização no país. O objetivo
é melhorar o trânsito -caótico
nas horas de rush- e facilitar o
transporte rodoviário.
A liberdade econômica permitiu
ao país construir uma boa rede hoteleira, com acomodações confortáveis e adequadas para turistas ou
executivos de diversos países.
Hoje, Taiwan está investindo para tentar ser no próximo século o
centro de operações empresariais
para a Ásia e o Pacífico nas áreas de
telecomunicações, transportes, finanças e manufaturados.
A ilha foi ocupada em 1949 pelo
general Chiang Kaishek, depois da
implantação do regime comunista
no continente, a República Popular da China.
Integrante do grupo dos tigres
asiáticos, Taiwan realizou no ano
passado as suas primeiras eleições
presidenciais, vencidas pelo partido do governo. Lee Teng-hui foi
mantido como presidente do país.
Ameaça comunista
As eleições foram marcadas por
um clima de ameaça militar por
parte do governo comunista. Apesar disso, Taiwan e a China discutem uma proposta de reunificação.
Com um PIB (Produto Interno
Bruto) de US$ 241 bilhões, Taiwan
produz basicamente para exportação. É comum encontrar hoje, em
qualquer Estado brasileiro, produtos "made in Taiwan", especialmente brinquedos.
As exportações do país giram em
torno de US$ 100 bilhões. Máquinas, produtos elétricos, eletrônicos e têxteis representaram mais
de 50% dessas vendas, principalmente para os EUA e Hong Kong.
As pequenas e médias empresas
são responsáveis por aproximadamente 40% da produção industrial
do país. Em 95, elas geraram 70%
dos empregos, segundo o Ministério dos Negócios Econômicos.
Os dados oficiais dizem que o índice de analfabetos é de apenas 6%
para uma população de 21,48 milhões de pessoas. São nove anos de
educação obrigatória, seis de escola primária e três de secundária.
Vivaldo de Sousa viajou a Taiwan a convite do
Escritório Econômico e Cultural de Taipé
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