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ERRAMOS (13/06/2005): Diferentemente do que informou o texto "Guia regula ação de afoito em safári" (Turismo, 26/05/2003), um elefante come até 150 kg de comida por dia, e o rinoceronte preto é mais agressivo do que o branco.
Guia regula ação de afoito em safári
DA ENVIADA ESPECIAL
Girafas fazem jus ao significado
de seu nome de origem árabe
-"aquela que anda suavemente". O mais alto dos mamíferos
cruza a estrada por onde o jipe de
turistas que faz safári passa lentamente. Ela pára, olha para os lados e se junta ao seu grupo, com
seis outras da mesma espécie.
Com bandos de antílopes, rinocerontes (às vezes, mãe e filhote),
elefantes que devoram tudo que
seja verde e leões sonolentos, as
girafas ficam espalhadas pela reserva privada Shamwari, com cerca de 25 mil hectares, a 50 minutos de Port Elizabeth.
Mas o contato com a vida animal não é tão cheio de aventuras
como pode parecer: há várias regras a serem seguidas nos safáris
para garantir a segurança dos turistas (afoitos). Antes de partir em
busca dos animais, o guia avisa:
ninguém pode fica de pé no veículo, fazer barulho ou falar alto.
A emoção mais forte do grupo
foi encontrar dois leões, deitados,
meio sonolentos. Um deles só deu
um rugido, o outro ignorou. De
repente, um dos leões se levanta,
mira uma mulher do jipe e caminha calmamente em sua direção.
A primeira reação da "vítima" foi
se levantar -ação seguida por
um safanão do "ranger" (guia). O
animal contornou o jipe e seguiu
para o meio dos arbustos.
Entre uma e outra parada para
espreitar os animais, os "rangers"
disparam curiosidades sobre a
fauna: entre os kudus, os machos
são os que têm chifre, um elefante
come até 1.500 kg de comida por
dia, o rinoceronte branco é o mais
agressivo, já um rinoceronte preto pode custar até 600 mil rands.
Shamwari, onde há 7.000 bichos, era um conjunto de fazendas antes de virar reserva. O veterinário Johan Joubert, 45, explica
que os primeiros animais introduzidos ali foram os antílopes.
"Eles não prejudicam a vegetação,
que estava destruída por causa
das cabras, vacas e ovelhas."
Depois de três anos, chegaram
elefantes, rinocerontes e hipopótamos. Os leões foram introduzidos no ambiente após oito anos.
"Agora queremos trazer cães-selvagens para equilibrar a cadeia
alimentar", diz o veterinário.
Born Free
Leopardos, um dos "big five",
não foram avistados soltos nessa
reserva privada. Mas três espécimes desse animal estavam na
Fundação Born Free, entidade internacional de proteção aos animais que surgiu depois do filme
homônimo rodado no Quênia no
final dos anos 60. Há um centro
da fundação em Shamwari.
Com apenas duas semanas de
vida, três filhotes de leopardo tiveram sua mãe morta por caçadores no Sudão. Eles foram parar
nas mãos de soldados que alimentaram os filhotes com leite de
vaca, inadequado para a espécie.
Resultado: os leopardos ficaram
com cabeça e barriga grandes.
Os filhotes Alam, Sami e Nimira
não podem voltar para a savana
porque não sabem caçar. Assim
como os leões Raffi e Anthea, eles
são cuidados em Shamwari
(www.shamwari.com). (GR)
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