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POLICROMIA AFRO
Estrada pontuada por belas paisagens e florestas leva a Knysna, famosa pelas fazendas de ostras
Apogeu da Rota Jardim acontece na costa do Índico
DA ENVIADA ESPECIAL À ÁFRICA DO SUL
Cidades com ares de Holanda,
lugares que lembram a época das
navegações, praias apropriadas
para a prática de esportes náuticos, montanhas, florestas e lagos.
Esse é o cardápio da Rota Jardim
(Garden Route), pela estrada N2.
A N2 é uma via bem sinalizada,
com vistas panorâmicas, que vai
da Cidade do Cabo até Port Elizabeth. O indicado é alugar um veículo para trafegar em sua pista
-o motorista tem que se habituar a dirigir à moda britânica, herança da colonização.
Foi na baía de Mossel que o navegador Bartolomeu Dias fez uma
parada após contornar o cabo da
Boa Esperança (ou das Tormentas, no caso). Batizada inicialmente pelo português como São Brás,
é a partir dessa baía que começa o
trecho mais bonito da Rota Jardim, que percorre parte da faixa
costeira do oceano Índico.
De Mossel Bay, há duas opções:
o viajante pode seguir para as
montanhas de Oudtshoorn (leia
mais na pág. F11) ou ir direto para
Knysna. Seguindo para o leste, a
30 km de Knysna, está Plettenberg Bay, balneário onde é possível ver focas, golfinhos e baleias.
Antes de chegar a Port Elizabeth, a quinta maior cidade do
país, uma região de floresta e de
montanhas entra no cenário. O
viajante está perto do Parque Nacional Tsitsikamma, criado em
1964, onde há trilhas de 60 km.
Para quem procura sossego,
Knysna é uma boa parada. Mas
não fique mais do que dois dias na
cidade de fazendas de ostras e de
esportes náuticos.
É na lagoa de Knysna que está o
principal passeio turístico, de
quatro horas de duração. O tour
custa 160 rands (com almoço incluso) pela empresa John Benn
Cruises, que leva o barco (lotado
de ingleses, alemães e holandeses)
até as formações de arenito que se
erguem entre o Índico e a lagoa.
Após cruzar a lagoa, onde o guia
chama a atenção para as mansões
do local, os visitantes podem subir um monte num trenzinho para avistar as formações de tonalidade ocre -em contraste com o
verde do Índico, que se mistura
com as águas azuladas da lagoa.
Se a subida no trem é monótona, a descida a pé pode ser divertida -mas use calçados antiderrapantes. Na volta, se bater um cansaço, a dica é relaxar na bonita
praia de pedras brancas que fica
no encontro da lagoa com o mar.(GABRIELA ROMEU)
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