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HOTELARIA
Tradicional pela qualidade do ensino, país reúne escolas de renome em meio às paisagens da riviera de Montreux
Suíça atrai alunos para temporada em "cartão-postal"
CLEBER MARTINS
ENVIADO ESPECIAL A MONTREUX (SUÍÇA)
Se está complicado estudar em
países como os Estados Unidos,
há como aliar ensino de alto nível
e uma temporada imerso em um
cartão-postal, como a Suíça.
Tradicional pela concentração
de boas escolas, o país tem seduzido, particularmente, interessados
na formação na área de hotelaria.
À beira do extenso e charmoso
lago Leman, no alto das montanhas, instituições de ensino conceituadas, como a SHMS (Swiss
Hotel Management School) e a
Glion Hotel School, atraem estudantes de todas as partes.
Parece devaneio obter um diploma de grife e, de quebra, passar uns tempos como se estivesse
dentro de um quadro cuidadosamente pintado com belas paisagens, lago, montanhas, neve?
A pintura existe. E toma forma
na riviera de Montreux, no Cantão (Estado) de Vaud. Com vista
para a cidade, os hotéis-escola
são o portal dessa experiência.
Paisagens
A SHMS, visitada pela Folha,
por exemplo, fica em uma montanha na localidade de Caux (a cerca de 8 km de Montreux), em um
imponente palácio restaurado.
Centenário, o prédio hospeda
hoje somente os cerca de 340 alunos da escola. Podem-se dizer privilegiados. Do alto da montanha,
têm como avistar da janela do
quarto as pequenas cidades ao redor do lago, como Vevey, sede
mundial da Nestlé. Do outro lado
das águas, a França. Mais no topo
da montanha, pistas de esqui.
Localizada na porção francesa
da Suíça, a região não fica a dever
em charme ao país vizinho. Vinhedos forram o entorno do lago
e pincelam verde na paisagem.
O acesso à escola é feito por estrada ou por uma pequena linha
de trem, que liga Montreux (à beira do lago) a Rochers-de-Naye, no
topo da montanha, refúgio para
os praticantes de esqui na neve.
O meio ferroviário tem a preferência dos estudantes, que recebem passe livre para descer a serra e frequentar Montreux. Lá encontram atrações como o medieval castelo de Chillon, erguido sobre um rochedo à beira do lago.
Sem contar o animado calçadão
que margeia as águas, os charmosos restaurantes e hotéis e o Festival Internacional de Jazz, que
sempre recebe artistas brasileiros.
No quesito gastronomia, os famosos queijos, fondues, crepes e
vinhos suíços são imperdíveis.
Atrações suíças
É certo, porém, que espíritos
mais urbanos podem considerar
a tranquila Montreux até um pouco entediante para viver e estudar.
Mas justamente esses atributos
do lugar que conquistaram moradores ilustres como o cantor Fred
Mercury, morto em 1991, que passou lá parte de seus últimos anos.
A estátua em sua homenagem, de
1996, é hoje atração no calçadão.
Para os inquietos, há opções
próximas, como Lausanne, Berna
e Genebra. Para um país pequeno,
com cerca de 7 milhões de habitantes, aliás, nada é tão longe.
Além disso, quem atravessa o
oceano em busca de boa formação não pode pensar só em turismo. O rigor das escolas torna a vida dos estudantes até bem puxada. O que, em tese, só ajuda a dar
mais motivos para valorizar o cartão-postal que se tem da janela.
Cleber Martins, editor de Empregos e
de Tudo, viajou a convite da D.W. Brazil
Cursos no Exterior e da SHMS
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