São Paulo, quinta-feira, 26 de novembro de 2009

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TURQUIA 2 EM 1
No Grande Bazar, burburinho envolve freguês, que acha de tudo; Mercado Egípcio concentra alimentos

Vocação comercial se reafirma em bazares

DO ENVIADO ESPECIAL À TURQUIA

No chamado bairro dos Bazares, o Grande Bazar, onde há literalmente de tudo, e o Mercado Egípcio, famosos pelas especiarias e guloseimas, comprovam a inequívoca vocação comercial de Istambul.
Não que entre suas 3.300 lojas o Grande Bazar não tenha estabelecimentos onde os turcos comprem roupas, utensílios, lustres e até joias, antiguidades e tapetes.
Mas, na condição de turista, é preciso ter cuidado e evitar lojas de suvenires e badulaques especializadas em incautos que não dispõem de talento para pechinchar.
Mesmo quem prefere o competente comércio regular de Istambul deve visitar o Grande Bazar, também chamado de bazar coberto, pois sua efervescência é, por si só, uma atração.
O local remonta ao tempo do sultão Mehmet, o Conquistador, que determinou sua construção no longínquo ano de 1461 para proteger os comerciantes num tempo em que ali eram vendidas armas, peles, pedras e metais preciosos e objetos de valor trazidos de diversas áreas do Império Otomano.
No reinado de Suleiman, o Magnífico, esse centro de compras, que era de madeira e tinha iluminação a óleo que causava incêndios com frequência, passou por obras de melhoria e ganhou o aspecto que tem hoje.
Ocupando 30.702 2, o Grande Bazar tem oito entradas principais e corredores abobadados decorados com azulejos e, apesar de labiríntico, com seus 65 corredores, possui janelas que deixam entrar luz natural.

Mercado Egípcio
Aberto das 8h às 19h, o outro mercado coberto emblemático da vocação comercial de Istambul é o Mercado Egípcio.
É nesse local que os habitantes da cidade compram, sem pechinchar, peixes muito frescos, queijos, nozes, temperos, doces, açafrão, caviar, café, chás e carnes que fazem a delícia da culinária turca.
Edificado junto à mesquita Nova custeada pela mãe do sultão Mehmet 4º, ele data de 1660 e tem seu aspecto atual desde 1943.
Com seis entradas, o Bazar Egípcio foi construído com a renda proveniente dos impostos cobrados das exportações que se fazia ao Egito, conquistado pelos turcos, que, então, se apoderaram também do califado -isso no século 16.
No entorno, em todo o bairro, também se faz, há séculos, comércio de farinha de trigo, mel, açúcar e seda.
Limitando o conjunto, do outro lado da avenida e próximo da ponte de Gálata, o porto de Eminönü é o local de onde partem as embarcações que percorrem o Bósforo.
(SILVIO CIOFFI)


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