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Torre de Gálata descortina visão da cidade e do porto de Istambul
Construído pelos bizantinos em 528, terraço está localizado a 61m de altura
DO ENVIADO ESPECIAL
Cênica em cada detalhe, refletida pelas águas e emoldurada
por minaretes e aquedutos, Istambul pode ser vista das alturas, na torre de Gálata, que domina o bairro de Beyoglu, ou de
um barco de turismo, navegando o estreito de Bósforo.
Responsáveis pela reconquista da porção européia de
Istambul, em 1261, os genoveses foram então recompensados com a parte mais alta da região de Gálata.
Pouco mais de 200 anos depois, a região recebeu os judeus
sefaraditas, que, fugindo da Inquisição, ali passaram a viver.
Em plena fase de reformulação
arquitetônica e não distante
dos animados calçadões de Istiklal Caddesi, Beyoglu é um dos
menos essencialmente turísticos e um dos mais simpáticos
de Istambul.
Ruelas acolhedoras como a
Sah Kapisi Sokak levam até a
torre de Gálata (www.galatatower.net) e, então, bastam
mais 15 liras turcas para subir o
elevador desse monumento
que, construído originalmente
em 528 pelos bizantinos, foi refeito pelos genoveses no século
8º e tomado pelos turcos em
1453.
No alto da colina, a 140 m do
nível do mar e a 61 m de altura
do chão, um terraço no topo
descortina uma visão de 360
da silhueta da cidade e do porto
de transatlânticos.
Navegar
Outra maneira de percorrer a
metrópole turca de forma panorâmica é fazer um passeio de
barco a partir do porto de Kabatas, desde que o dia não esteja chuvoso demais.
Navegar pelo estreito de Bósforo alterna a visão de pontes
modernas e de casas aristocráticas -muitas delas hoje sendo
reformadas pelas duas famílias
turcas mais proeminentes, os
Koç e os Sabanci.
Há ainda passeios de barcos
rápidos organizados por empresas como Gray Line/Pan
Tours (www.plantours.com),
mas os interessados em navegação à moda antiga podem
zarpar do porto de Kabatas em
direção ao mar Negro numa
embarcação pequena, caso do
Mustafa Reis (www.mustafareis.com).
De início, passa-se perto dos
hotéis de luxo Çiragan Kempinski e Four Season, à beira do
Bósforo, da Universidade de
Gálata e do bairro boêmio de
Ortaköy, onde há pescadores
artesanais e restaurantes típicos que servem pescado.
A ponte suspensa sobre o
Bósforo, de 1.074 m e a 64 m de
altura, inaugurada em 1973,
contrasta com a mesquita eclética, do século 19, abaixo dela.
O passeio continua ao largo
da ilhota que pertenceu aos arquitetos da família turco-armêia Balyan, que projetou o palácio Dolmabahçe, e que hoje é
local de lazer ligado à diretoria
do time de futebol Galatasaray.
Hoje transformado em embarcação de turismo, o iate Savarona, que pertenceu a Atatürk, comprado à época dos ingleses, está fundeado na região.
Quando o Mustafá Reis chega à região mais profunda do
estreito, na altura de Arnavutkoy, as correntes são fortes e,
adiante, desponta a outra ponte
moderna, chamada de ponte do
Conquistador, de 1988, cujo vão
tem 1.092 m e que atravessa o
Bósforo a 64 m de altura.
Por ali, o bairro de Bebek
-boneco, em turco- era o preferido do sultão Suleiman, o
Magnífico. Também dá para
chegar de carro nesse recanto
estilo "jet-set", que tem vida
noturna e renomados restaurantes.
Há veleiros grandes ao largo
e, nos arredores, a fortaleza, do
século 15, foi construída pelo
sultão Mehmet 2º para proteger aquelas costas.
Nesse ponto, barcos de turismo fazem a volta e passam
diante de prédios como a Academia Militar, do século 19, navegando em linha reta até retornar ao pequeno porto de Kabatas, no lado europeu de Istambul, o lugar onde tudo começou.
(SC)
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