São Paulo, segunda, 27 de janeiro de 1997.

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Diretor italiano viveu até 93 entre a via Margutta e a Cinecittà
Fellini imortalizou a `cidade eterna' como nenhum outro

da Redação

O cineasta Federico Fellini (1920-1993) nasceu em Rimini, o grande balneário romanholo na costa do Adriático, mas eternizou Roma como nenhum outro.
Entre as imagens que deixou destacam-se a praça de São Pedro, em ``O Abismo de um Sonho'' (1952), e a fontana di Trevi, palco de cena antológica da atriz Anita Ekberg, em ``A Doce Vida'' (1959), que também foi estrelado por Marcello Mastroianni -e que rendeu a Fellini a Palma de Ouro em 1960.
A Cidade Eterna, uma espécie de Hollywood da Europa nos anos 50 e 60, aparece ainda em muitos de seus filmes.
``As Noites de Cabiria'' (1957), protagonizado por sua mulher, a atriz Giulietta Masina -obra que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro-, e ``Satyricon de Fellini'' (1969) são bons exemplos dessa aparição de Roma como cenário felliniano.
Fellini fez ainda ``Roma de Fellini'' (1972), a versão anos 60 da cidade que escolheu para morar já em 1939, quando os primeiros tiros da Segunda Guerra começavam a sacudir a Europa.
Seu endereço na capital italiana foi a via Margutta, nas proximidades da piazza di Spagna.
Quando Fellini morreu, em 1993, milhares de pessoas foram a seu velório, no estúdio 5, que o cineasta ocupava em Cinecittá, e, depois, à missa, na basílica de Santa Maria degli Angeli.
O diretor foi sepultado em Rimini, balneário da Emília-Romanha, que ele também celebrizou em ``Os Boas Vidas'' (1953) e ``Amarcord'' (1974).
A eterna Cinecittà
Construídos em 1937, os estúdios de Cinecittà produziram filmes clássicos, como "Roma, Cidade Aberta", de Roberto Rossellini, e "Ladrões de Bicicleta", de Vittorio de Sica.
Para visitar a Cinecittà, informe-se sobre os horários pelo tel. local (06) 7290-1006. (SC)

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