900 m2 onde aconteceu o show de Joinville RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
enviada especial a Joinville (SC)

Conhecida nacionalmente pelo festival anual de chope, pela arquitetura com influências germânicas, por suas indústrias têxteis e seu festival internacional de dança, Joinville (SC) agora está prestes a se tornar um centro de referência mundial do balé clássico.
A cidade foi escolhida para ser a primeira filial do Teatro Bolshoi além das fronteiras da Rússia. Com a honraria, pretende firmar seu lugar no cenário turístico catarinense, ao lado de Florianópolis, a capital, e de Blumenau, dona da famosa Oktoberfest.
Entre os muitos beneficiados pelo projeto estão os selecionados para a primeira turma da escola, que deu início às suas atividades há uma semana. Das primeiras 195 vagas, 100 foram destinadas gratuitamente a crianças carentes da rede pública municipal de ensino de Joinville.
Elas vão aprender a dançar e, paralelamente, estudar arte, história e música. Deverão terminar os oito anos de curso aptas até a tocar piano. Tudo isso sob o rígido controle de qualidade russo (leia texto nesta página).

Inauguração
A escola foi inaugurada no último dia 19, com uma apresentação especial dos solistas do Teatro Bolshoi. No palco do Centreventos Cau Hansen, um dos maiores do país, com 900 m2, eles levaram o público ao delírio.
Dançaram trechos de "O Corsário", balé que estreou em Paris em 1853, e de "A Morte do Cisne" -o que mais arrancou aplausos da platéia-, entre outros.
A apresentação, precedida por uma "canja" da Orquestra de Concertos de Joinville, teve a presença do prefeito da cidade, Luiz Henrique da Silveira, do ministro da Cultura, Francisco Weffort, e do diretor-geral e artístico do Teatro Bolshoi, Vladimir Vasiliev. Eles assistiram, além do show, ao ingresso da cidade do interior de Santa Catarina na rota dos grandes espetáculos.