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SUDESTE ASIÁTICO
Cingapura promove feira
Região quer turista que a fumaça levou
das agências internacionais
"Fumaça? Que fumaça?", essa
foi a expressão mais ouvida entre
os agentes turísticos do Sudeste
Asiático que se reuniram na semana passada em Cingapura para
participar da feira Travel Mart-98,
promovida pela Pata (Associação
de Viagens da Ásia-Pacífico).
Aberto oficialmente na quarta-feira passada, o evento terminou no sábado.
A indústria turística do Sudeste
Asiático sofreu um duro golpe no
ano passado, quando a região passou por uma crise econômica e foi
tomada por uma nuvem de poluição entre agosto e novembro.
"Houve muitos cancelamentos
no verão passado, mas a coisa está
melhorando. As pessoas estão indo para a Indonésia e a Malásia",
disse Isolde Weinmann, agente turística austríaca.
Weinmann afirma que não
constatou um declínio entre as reservas feitas neste ano em comparação com o ano passado.
"As pessoas estão muito interessadas na Tailândia e na Malásia
porque as moedas locais estão
muito desvalorizadas. E as companhias aéreas estão oferecendo tarifas com desconto."
Agentes de turismo do Sudeste
Asiático trabalham para recauchutar a imagem da região, prejudicada depois que o mundo foi
"bombardeado" com notícias e
imagens sobre incêndios florestais
e poluição, decorrentes das queimadas em Kalimantan e Sumatra,
na Indonésia.
"Nós fomos afetados pela fumaça, mas a poluição chegou a níveis
alarmantes em apenas um dia",
disse Gordon Yapp, gerente da
empresa de promoção turística da
cidade de Sabah.
Yapp afirma que agora a cidade
está colocando diariamente fotos
na Internet mostrando como o ar
local está limpo.
A Tailândia também sofreu com
a queda de visitantes, embora ali a
poluição tenha sido bem menos
severa que na Indonésia, Cingapura e Malásia.
"A fumaça não está na Tailândia, mas o crescimento do turismo
foi afetado. As pessoas que vêm
para essa região pensam no Sudeste Asiático, e não em Cingapura ou
Malásia individualmente", disse
Chamnam Muangtim, diretor da
Autoridade do Turismo Tailandês.
Muangtim afirma que a Tailândia reduziu a estimativa de crescimento turístico em 98 para 7%. A
previsão anterior era de 15%.
Segundo ele, o turismo, que contribui com cerca de US$ 5 bilhões
para a economia local, cresceu
menos de 1% no ano passado.
Por outro lado, Muangtim disse
que a situação está melhorando
devido à volta dos turistas atraídos
pela queda do baht, a moeda tailandesa. As chegadas mensais de
visitantes chegaram a 773.680 em
dezembro do ano passado. Em setembro do mesmo ano, 501.628
turistas haviam visitado o país.
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