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ECOTURISMO PEGA FOGO
Região é repleta de cachoeiras
Enquanto parque da Bodoquena está fechado, turista usufrui da serra
LUIS RENATO STRAUSS
ENVIADO A MATO GROSSO DO SUL
MARGARETE MAGALHÃES
DA REPORTAGEM LOCAL
Algumas áreas da serra da Bodoquena, próximas ao Parque
Nacional da Serra da Bodoquena,
criado há quase um ano, foram
palco de mais um dos incêndios
que têm se alastrado pelo país em
consequência da estiagem típica
de inverno.
No centro-sul de Mato Grosso
do Sul, o parque pertence aos municípios de Bodoquena e de Bonito. Porém a área com cerca de 75
mil hectares não estará aberta para visitação pública tão cedo.
O diretor do parque, Adílio Miranda Valadão, mudou-se para
Bonito há um mês e o estudo da
fauna e da flora não começou.
Além disso, para o parque funcionar, é preciso negociar com os
proprietários a realização das desapropriações. E isso leva tempo.
"Estamos conhecendo o parque", disse o diretor, que, devido
ao incêndio no seu entorno, sobrevoou a área na semana passada. "Há regiões belíssimas",
adianta Valadão.
Enquanto o parque está fechado, o turista pode apreciar a fauna
e a flora da serra da Bodoquena.
Ao longo de um período de 500
milhões de anos, a serra pôde desenvolver uma natureza diferenciada. Imensas cavernas, rios de
águas transparentes e suas cachoeiras compõem um cenário
privilegiado.
O rio Betione atravessa o conjunto serrano. Ele possui mais de
40 cachoeiras com áreas de banho, trilhas pela mata ciliar e pontos de observação da paisagem.
Muitas fazendas centenárias estão
situadas em suas margens.
Hotel-fazenda
Em meio às cachoeiras de águas
cristalinas e do rio que corta regiões preservadas, há o hotel-fazenda Betione. Inaugurado em fevereiro, o hotel possui boa estrutura para o ecoturismo e organiza
passeios de bicicleta e de carro,
além de caminhadas e cavalgadas.
Ao redor do hotel, o visitante
tem acesso a 15 quedas-d'água.
São três trilhas que, por meio de
pontes suspensas e pela mata ciliar fechada, levam ao rio Betione.
A água é tão cristalina que os peixes parecem flutuar no ar.
A primeira é a trilha da Cachoeira do Pedrossian, com 1,2 km. Pode-se parar e tomar banho em três
das sete cachoeiras no caminho.
Para quem gosta de esportes radicais, vale percorrer a trilha da tirolesa. Após 30 minutos, chega-se
a um poço natural de 9 m de profundidade, onde foi montada
uma plataforma de 18 m de altura.
Entre ela e o poço há um cabo de
56 m de extensão, no qual se prende uma espécie de cadeira. O turista senta-se nela e desliza até a
água, num trajeto de apenas quatro segundos. É pura adrenalina.
As crianças também foram lembradas. A terceira trilha chega ao
camping do Silveira. Montado
para crianças de seis a 16 anos, o
local possui duas tirolesas, dois
balanços, quadra de vôlei de areia,
redário e espaço para que os pais
possam acampar com seus filhos.
Outro local, acessível de bicicleta, a cavalo ou a pé, é a cachoeira
da Morcegueira. O passeio, que
dura em média quatro horas,
acompanha o rio Betione e a mata
que o cerca, repleta de animais como a arara.
Hotel-Fazenda Betione - Diárias a partir de R$ 160 em apartamento duplo,
com pensão completa e passeios com
guia. Reservas: 0/xx/67/687-1014.
Luis Renato Strauss viajou a convite do
IPP (Instituto do Parque do Pantanal) e
do Hotel Recanto Barra Mansa
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