São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 2008

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CIDADE CAPITAL

Bush fala com seu cão em vídeos do site da Casa Branca

Nos filmes, presidente e figuras de peso da política mundial contracenam com dois cachorros e uma gata

PRISCILA PASTRE-ROSSI
DA REDAÇÃO

Redes de intrigas. Jogos de poder. Ligações perigosas. A Casa Branca é mesmo um palco inesgotável de tramas políticas.
Algumas delas o mundo pode acompanhar, assistindo a vídeos postados no site da residência oficial (www.whitehouse.gov/barney). São filmes de até dez minutos, produzidos desde 2002, com a participação de personagens pesos-pesados do Estado americano.
Bush, o secretário para assuntos internos, Dirk Kempthorne, o do Comércio, Carlos Gutierrez, o ex-secretário da Agricultura, Mike Johanns, Mr. Barney, Miss Beazley...
Barney?! Miss Beazley?! Sim, o casal de cães da raça scottish terrier de estimação dos Bush protagoniza a série de vídeos, com histórias que mostram aventuras pela Casa Branca.
Em uma das histórias, Barney é incumbido de ajudar na preservação dos parques nacionais. Em outra, fica encarregado dos preparativos para o Natal. Mas o mais surpreendente não é ver isso. É ver o presidente em diálogos com cachorros. O manda-chuva americano por oito anos faz valer sua versão hollywoodiana e revela seus momentos de interlocução com o mundo animal.
Para ser justo, não só Bush paga o mico. Seus secretários de governo e Laura Bush entram nas tramas. Tem até o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair em uma participação especial no episódio "Holiday in the National Parks", de 2007. Este, aliás, tem também Alan Jackson, um dos mais populares cantores country dos EUA.
O filé na série canina são os vídeos natalinos. Os melhores. Em "A Very Beazley Christmas", de 2005, Barney passa por uma crise de ciúmes pela chegada da cadela Miss Beazley e resolve esconder os presentes de Natal dela por tudo que é canto. Para fazerem as pazes, os cães são chamados por Bush para uma reunião no salão Oval, onde o presidente fala sobre o verdadeiro significado da festa. Ele diz que não há lugar para ciúme numa data para ser vivida "em família". O olhar de Bush é convincente. O de Barney e Miss Bearzley, então... Eles imediatamente se reconciliam. Infelizmente, seu poder persuasivo não foi muito longe.
Ao menos 7.000 iraquianos não passaram o final daquele ano com as famílias, como defendeu aos cães o presidente. Este foi o número de mortos -4.000 deles civis- vítimas da invasão americana no país em 2005, segundo o Ministério do Interior iraquiano.
Em janeiro, Barney, Miss Beazley e a gata Kitty -ah, sim, há também uma gata!- seguirão para o Texas. Ainda não se sabe quem será o novo mascote. Mas Obama trata a questão com seriedade. A filha Malia é alérgica, e a família está a procura de um primeiro-cachorro, como são chamados os cães dos presidentes americanos desde 1932, hipoalergênico. A expectativa é que a série continue.

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