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CIDADE CAPITAL
Excesso de museus desafia turista
Para fãs de arte moderna e contemporânea, Galeria Nacional, Hirshhorn e Phillips são indispensáveis
DA ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON
Mesmo que fique dez dias indo de um museu a outro, o visitante deixa a cidade sem ter visto algo. Washington tem muitos museus, cada um mais interessante que o outro.
É difícil riscar alguns da lista.
Mas tentar ir a todos leva à prática de cooper em corredores
repletos de obras-primas.
Para os que se interessam
por arte, especialmente moderna e contemporânea, três museus são indispensáveis: a Galeria Nacional e as coleções Hirshhorn e Phillips.
Galeria Nacional
O acervo desse museu que
ocupa dois prédios tem 116 mil
obras de arte. No prédio principal, o West Building (prédio
Oeste), estão as coleções de arte européia, do século 13 ao 19,
além de galerias de arte norte-americana. Há, ainda, seções de
desenho, fotografia e artes decorativas. No prédio chamado
East ( leste) estão as galerias de
arte moderna e contemporânea. E no jardim de esculturas
estão as grandes obras tridimensionais, com destaque para
"Typewriter Eraser, Scale X"
(1999), de Claes Oldenburg e
Coosje van Bruggen.
O principal destaque da coleção -e o título é nobre, uma vez
que Goyas, El Grecos, Ticianos
e Vermeers permeiam as galerias- é o retrato de Ginevra de"
Benci (c.1474-1478), comprado
pela instituição em 1967, única
pintura de Leonardo da Vinci
em exposição nas Américas.
Se a Galeria Nacional deixa o
visitante atarantado entre tantas galerias, o museu Hirshhorn é o contrário. O prédio
cilíndrico é de fácil navegação,
pois as galerias dessa impressionante coleção de arte moderna e contemporânea ocupam corredores circulares.
O museu tem boas exposições temporárias. Está em cartaz, até 11 de janeiro, mostra
com a coleção Panza, de Giuseppe Panza di Biumo, um dos
maiores colecionadores de arte
contemporânea do mundo.
Além do jardim de esculturas,
com obras de Lichtenstein, Yoko Ono, Rodin e outros, o museu tem, no térreo, uma seleção
de obras tridimensionais.
São de duas a três horas para
observar obras que vão de pintura a videoarte com calma.
Em casa
Outro museu com tamanho
confortável, a coleção Phillips,
em Dupont Circle, tem como
principal destaque o "Almoço
dos Remadores" (1881), de Renoir. Mas essa é só a peça mais
popular, porque não faltam
destaques nesse museu, que
passou por expansão em 2006.
Mark Rothko projetou, em
parceria com Phillips, a sala onde estão expostas suas telas.
Com luz baixa, um banco no
meio e grandes telas ocupando
paredes, o cômodo convida a
uma contemplação vagarosa.
O museu também tem boa
programação de exposições
temporárias, como "Eight - Rebeldes Pela Arte Americana",
em cartaz até 11 de janeiro, sobre o grupo de oito pintores
(Arthur Davies, Robert Henri,
William Glackens, Ernest Lawson, George Luks, Maurice
Prendergast, John Sloan e Everett Shinn) também conhecidos pelo termo escola Ashcan.
Eles revolucionaram a arte
norte-americana no início do
século 20, pintando a vida nas
cidades, com olhar voltado para
o corriqueiro da rua.
A casa que o museu ocupa, de
1987, foi sendo aos poucos
aberta ao público. Os dois primeiros cômodos foram abertos
à visitação em 1921 por Duncan
Phillips (1886-1966). Em 1930,
a família Phillips se mudou para outra casa e transformou definitivamente a antiga residência em museu.
GALERIA NACIONAL
Esquina da rua 4 com a av. Constitution; de seg. a sáb. das 10h às 17h; e
aos dom., das 11h às 18h; grátis
www.nga.gov
COLEÇÃO HIRSHHORN
Esquina da av. Independence com a
rua 7; diariamente, das 10h às 17h;
grátis
http://hirshhorn.si.edu
COLEÇÃO PHILLIPS
Rua 21 NW, 1.600; ter. a sáb., das
10h às 17h; qui., das 10h às 20h30;
e dom., das 11h às 18h; acervo é
grátis durante a semana; aos sáb. e
dom., e para mostras temporárias,
custa de US$ 10 a US$ 12
www.phillipscollection.org
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