da enviada especial

Aquele sonho de chegar a Paris em quatro horas a partir de São Paulo a bordo de um supersônico de linha comercial está cada vez mais longe de se realizar. Para a Airbus e a Boeing, as principais fabricantes de aviões de médio e grande porte, esse tipo de avião é inviável economicamente e causa problemas ambientais.
A Aibus diz que prefere investir em transporte de massa, como o seu A-3xx/100, atualmente em estudos. Ele terá capacidade para 555 passageiros, e o seu vôo inaugural deve ser em 2002. Da mesma família, o A-3xx/200 terá capacidade para 656 passageiros. Segundo a assessoria da empresa, os aviões japoneses, que economizam espaço, podem ali transportar mais de 800 passageiros.
O A-3xx terá três andares, contando o porão, onde haverá salão de jogos, academia, lojas, free-shop e camas. Segundo a Airbus, os horários dos vôos nos aeroportos já estão lotados e é interessante concentrar um grande número de passageiros em um só vôo.
A concorrente Boeing não concorda. Ela acredita que os passageiros preferem vôos diretos, sem conexões, para chegar mais rapidamente ao seu destino final.
Também acredita que não há mercado para um avião maior que o seu B-747/400, com capacidade para 400 lugares. Hoje o seu foco é desenvolver novos modelos para a família do B-777.
As duas empresas disputam arduamente a liderança no mercado de aviões de grande porte. A Airbus anunciou ter recebido mais encomendas que a concorrente em 99. A Boeing diz não acreditar, alegando que manteve nos últimos cinco anos uma produção superior à concorrente, apesar de a Airbus dizer ter encostado na rival já em 95.


Texto Anterior: Passageiros embarcarão sem check-in
Próximo Texto: Campanha: Varig quer divulgar mais o ecoturismo
Índice