|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BARCELONA
Com avenidas próprias para pedestres, capital catalã convida a caminhadas que ajudam a desvelar sua alma
Passeante "tropeça" em obras Gaudí
DO ENVIADO ESPECIAL À ESPANHA
Assim como Madri, Barcelona
também tem seu ônibus panorâmico de dois andares, o colorido
Bus Turistic, que, por 21, dá direito a dois dias de passeio em que
o visitante desce e sobe à vontade.
De todo modo, com suas avenidas próprias para pedestres, Barcelona, uma rica cidade portuária
que renovou monumentos para
ser sede dos Jogos Olímpicos, em
1992, convida a caminhadas.
Mas, como em qualquer metrópole muito procurada por turistas, é preciso tomar cuidado com
punguistas ao parar para observar uma estátua viva.
Com atenção, convém começar
o passeio de manhã cedo, na aérea
do porto, onde a estátua de Cristóvão Colombo, no alto de uma
coluna, aponta a América. É ali
que tem início a Rambla de Santa
Monica, muito agitada, com
quiosques que vendem flores,
animais vivos e artistas de rua.
Esse passeio, que revela muito
da alma da capital catalã, pode
durar muitas horas.
Subindo em direção à praça Catalunha, o passeante vai se deparar, à direita, com o bairro Gótico,
edificado no entorno da imensa
catedral e da praça Real, quando a
Rambla se chama Des Capuchins
Dentro da catedral, ao lado da
pia batismal, uma placa lembra o
batismo de seis índios trazidos da
América por Colombo, em 1493.
À direita de quem sobe, já quando
a Rambla se chama Sant Josep, fica o mercado da cidade, apelidado de La Boqueria, local magnífico para almoçar. Dentro da estrutura de ferro guarnecida com vitrais, há balcões que servem frutos do mar, presuntos, sanduíches. O espumante local (cava)
desce macio nos dias de calor.
Cruzando Barcelona no sentido
perpendicular à Rambla, o Passeig de Gràcia é onde estão os edifícios mais importantes, o comércio ultraelegante e os bares e restaurantes cosmopolitas.
No número 43 do Passeig de
Gràcia, a Casa Batlló (www.casabatllo.es), obra que Antoni Gaudí
edificou entre 1904 e 1906, serviu
de contraponto ao academicismo
do prédio ao lado, a Casa Amatler.
Barcelona, aliás, é pontilhada de
obras de Gaudí. Apelidada de La
Pedrera, a Casa Milá, em Provença, 261-265, foi criada para ser um
prédio de apartamentos -e mereceu um comentário irônico do
poeta catalão Santiago Rusiñol,
para quem o animal doméstico
apropriado para moradores seria
uma serpente.
(SC)
Texto Anterior: Madri: Espírito de movimento toma a capital Próximo Texto: Madri: Museus expressam a realeza da capital Índice
|