São Paulo, quinta-feira, 28 de abril de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MADRI

Nos arredores do Paseo del Prado, Reina Sofía, Thyssen-Bornemisza e Prado contêm um dos melhores acervos da Europa

Museus expressam a realeza da capital

Silvio Cioffi/Folha Imagem
Puerta del Sol, onde a agitação vai até de madrugada


DO ENVIADO ESPECIAL À ESPANHA

Com cerca de 3 milhões de habitantes, Madri é majestática, fica no centro da Espanha, a 646 m de altitude. E está no melhor da sua forma: os prédios públicos, recém-restaurados, são bem iluminados. Mesmo a Gran Vía, com sua arquitetura neoclássica algo dura, está bombando, com seus 1,5 quilômetros de prédios bem restaurados, ligando a Plaza de Cibeles à de España.
O passeio da Castelhana, outro grande eixo por onde Madri se move, passeia, faz compras e freqüenta, até tarde da noite, restaurantes chiques ou populares.
Estatísticas indicam que, na capital da Espanha, quase metade das 50 mil camas de hotéis estão em estabelecimentos classificados com quatro e cinco estrelas.
A metrópole convida a passear, se bem que o ônibus turístico vermelho de dois andares seja bem útil para quem quer ter uma visão mais panorâmica.
No capítulo museus, o Prado, o Reina Sofía e o Thyssen-Bornemisza, todos nos arredores do Paseo del Prado, mantêm alguns dos maiores e melhores acervos de arte de toda a Europa.
Num edifício neoclássico projetado por Juan de Villanueva em 1785, o Prado é uma das mais notáveis pinacotecas do mundo desde 1818 (tel. local 330-2800; metrô Atocha). O acervo que parece infinito, contém obras de coleções reais: autores como El Greco, Diego Velázquez, Francisco Goya, Murillo e Ribera, além de pinturas flamengas de Bosch e Rubens e de obras italianas saídas dos cavaletes de Ticiano.
Já o Museu Reina Sofía (na Santa Isabel, 52; tel. 467-5062, metrô Atocha), instalado num prédio onde já funcionou um hospital, o forte são as mostras de arte contemporânea, a biblioteca e o imenso óleo "Guernica", onde Picasso representou os horrores da Guerra Civil Espanhola.
Inaugurado em 1992 no palácio de Villahermosa para guardar a coleção dos barões Thyssen-Bornemisza, o museu homônimo (no Paseo del Prado, 8; tel. 420-3944, metrô Banco de España) tem de pintores primitivos a artistas de vanguarda. Vanaletto, Rubens, Caravaggio e Carpaccio assinam obras do acervo; idem Mark Rothko, artista ícone do expressionismo abstrato dos EUA.

Ronda
A Gran Vía nasceu com o século 20 e na confluência com a rua Alcalá, o edifício Metrópolis, encimado por uma estátua alada, é a sua figura de proa.
Na mesma avenida, ao lado da praça São Luís, o edifício da Telefonica foi o primeiro prédio alto de Madri, edificado em 1929. Mais adiante, a Plaza Callao é cercada por cinemas e lojas.
No centro geográfico de Madri, a Porta del Sol ostenta o brasão da cidade e serve de cenário para acontecimentos históricos.
Já o Palácio Real (metrô Ópera), tem em seu interior o suntuoso Salão do Trono -além de pinturas de Tiepolo, Rubens e El Greco.
Mas o passeio por Madri não é completo sem uma visita à Plaza Mayor, no centro (acesso pela estação Sol do Metrô), onde a fachada da Casa de la Panaderia é pintada com afrescos. (SC)


Texto Anterior: Barcelona: Passeante "tropeça" em obras Gaudí
Próximo Texto: Barcelona: Cidade inspira artistas e transpira arte
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.