|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Principado já foi cenário e personagem
especial para a Folha
"Ladrão de Casaca" vem à lembrança quando se quer ligar Mônaco ao cinema. Porém, cenário
ou parte da trama, o principado
comparece em outros filmes.
Como "Monte Carlo" (1930),
de Ernst Lubitsch, em que Jack Buchanan e Jeanette MacDonald vivem dois nobres em meio à jogatina no cassino de Monte Carlo.
Também com um toque de comédia, mas amarga, "As Duas Vidas de Mattia Pascal" (1985), de
Mario Monicelli, mostra Marcello
Mastroianni como um personagem que ganha no jogo e perde na
vida. Perde tudo, até mesmo a
identidade. Morto, embora vivo.
Ou melhor, vivo, embora morto,
na melhor tradição de Pirandello.
O cassino de Monte Carlo está
presente em filmes que têm o jogo
como pano de fundo. Tanto pode
ser "The Man who Broke the Bank
at Monte Carlo" (1935), de Stephen Roberts, com Ronald Colman e Joan Bennett, quanto "La
Baie des Anges" (1952), de Jacques Demy, com Jeanne Moreau e
Claude Mann -ambos sem título
em português.
O primeiro é uma aventura banal
sobre um motorista que quer
"limpar" o cassino. O segundo é
um estudo psicológico sobre uma
apostadora compulsiva.
Também aventuroso, "Monte
Carlo" (1986), de Anthony Page,
com Joan Collins e George Hamilton, conta o que acontece ao unir
um misto de espiã e cantora a milionários que se refugiam em Mônaco na Segunda Guerra Mundial.
Na linha esportiva, "Grand
Prix" (1966), de John Frankenheimer, com James Garner e Yves
Montand, é o filme mais lembrado. Na história de quatro pilotos
que disputam prêmios de Fórmula-1, há cenas do Grande Prêmio
de Mônaco, incluindo a reconstituição do acidente ocorrido com o
italiano Alberto Ascari em 1955,
quando seu Lancia caiu no mar.
As corridas automobilísticas em
Mônaco também estão em "Os
Intrépidos Homens e seus Calhambeques Maravilhosos"
(1969), de Ken Annakin, e "Retratos de Morte" (1974), de Claude
DuBoc. O primeiro, em tom de comédia, traz Tony Curtis e outros
astros como pilotos, enquanto o
segundo é um documentário, com
Jackie Stewart, sobre um GP.
Mônaco, e não pode ser diferente, está presente em dois filmes
biográficos.
"O Magnata Grego" (1978), de
J. Lee Thompson, traz Anthony
Quinn como um armador grego
-quem, se não Onassis, por muito tempo dono do Cassino de
Monte Carlo? Já "A História de
Grace Kelly" (1983), de Anthony
Page, traz Cheryl Ladd no papel da
atriz que virou princesa -é uma
biografia autorizada.
Outras personalidades, famosas
como Onassis e Grace Kelly, mas
não tão reais, fizeram de Mônaco
um cenário para suas aventuras. É
o caso do detetive sino-norte-americano Charlie Chan ou do agente
britânico James Bond.
(FM)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|