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700 ANOS NA COSTA
Reinado de Ayrton Senna desperta o interesse em percorrer de automóvel as ruas do principado
Circuito local inspira paixão irrefreável
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
da Reportagem Local
Qualquer brasileiro que for a
Mônaco e estiver de carro vai ter a
idéia de tentar percorrer o traçado
do circuito de F-1. Quem foi e não
fez isso, pelo menos teve a idéia.
E, se disser que foi e em nenhum
momento pensou nisso, creia, está
mentindo. Ou hibernou durante
os dez anos em que Ayrton Senna
construiu seu reinado na mais glamourosa pista do automobilismo.
Foram 10 corridas, 5 poles, 6 vitórias, 3 abandonos e 1 marmelada, que tirou do piloto brasileiro o
que seria sua primeira vitória na
categoria, em 1984.
Um currículo invejável, que fez
Senna roubar do bicampeão mundial Graham Hill o título de "Mr.
Mônaco" -o pai de Damon vencera cinco edições nos anos 60.
E que já tem um novo pretendente, o alemão Michael Schumacher, o melhor piloto da atualidade, que acumula três vitórias desde
94. Só falhou no ano passado,
quando apenas três carros completaram a prova, vencida por uma
zebra francesa, Olivier Panis.
Fatos inusitados como esse são
comuns em Mônaco, um sinuoso e
estreito circuito, herança de tempos românticos em que correr era,
antes de tudo, uma aventura -às
vezes, até mesmo fatal.
Quase três quilômetros e meio de
ruas espremidas, que Nelson Piquet, com sua acidez incorrigível,
traduziu de forma exemplar: algo
como andar de bicicleta na sala.
Quase todos os circuitos e autódromos desse tempo não sobreviveram ou sofreram profundas modificações, em nome da segurança
ou do interesse da moderna F-1.
Mas Mônaco passou incólume.
Seja pela badalação, seja por personagens como Senna, que souberam perpetuar toda uma história.
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