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Jardins de Chiraz remetem ao Éden
NO IRÃ
Famosa por abrigar os túmulos
de Hafez e SaAdi, poetas consagrados do século 15, Chiraz, a capital da filosofia e da poesia persas, recebe visitantes de todo o Irã
interessados em visitar seus sofisticados jardins e mausoléus.
Pode parecer estranho, mas
quem chega pela primeira vez à
cidade percebe logo o motivo de
tanto deslumbramento.
Ainda hoje, seus jardins evocam
uma imagem de paraíso, de um
lugar encantado que coloca fim à
aridez do deserto. Divididos em
quatro quadrantes, seguindo a
tradição dos jardins persas, parecem ainda ser banhados pelos
quatro rios do paraíso: água, vinho, leite e mel.
O clima agradável o ano todo
reforça sua fama. Não por coincidência a palavra paraíso vem do
persa antigo "par dés".
No jardim de Eram, imensos ciprestes com mais de 200 anos dividem espaço com laranjeiras e
romãzeiras, cujos perfumes se
misturam ao das rosas que ladeiam os caminhos.
Antes da Revolução Islâmica, a
região produzia o famoso vinho
shiraz, a partir de uma variedade
de uva hoje utilizada por vinicultores no mundo todo. O vinho escuro e frutado embalava os encontros dos intelectuais da cidade
(famosa também por suas universidades), que se reuniam para discutir a histórica poesia.
Luxuosos hotéis recebiam as
então centenas de turistas, que
chegavam para conhecer as ruínas de Persépolis, a 70 km dali.
Ainda hoje, os vôos baratos a partir de Teerã (cerca de US$ 60) chegam lotados, e os poucos estrangeiros em viagem independente
terão que enfrentar uma maratona para comprar as poucas passagens remanescentes no aeroporto
da capital.
(ALB e CV)
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