São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 2011

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Cobiçada por Pisa e Gênova, Bonifácio fala corso e francês

Cidadezinha da Córsega que herdou seu nome de um marquês da Toscana dista apenas 14 km da Sardenha

Turismo é a referência em ilha mediterrânea que já foi até cenário de um filme de guerra hollywoodiano


DO ENVIADO À ITÁLIA

Bonifácio 2º foi, no século 9, um marquês toscano. Seu nome batizou uma cidade da ilha da Córsega, com seus 2.800 habitantes, que havia sido romana e esteve, na Idade Média, no centro de uma disputa entre Pisa e Gênova.
"Bonifaciô", em francês, está no ponto mais meridional da França metropolitana e separada por 14 km de mar da Sardenha italiana.
Tem ruína de moinho romano do século 4, ruas estreitas medievais, muralha do século 9 e rochas em falésias, cenário de "Os Canhões de Navarrone" (1961), filme em que David Niven, Gregory Peck e Anthony Quinn destroem arsenal nazista no mar Mediterrâneo.
Há em Bonifacio, em verdade, duas cidades: a antiga, bem acima do mar, e a moderna, formada por um pequeno porto em "u" e rodeada por lojas e restaurantes. Entre as duas, o caminho estreito que passa pela porta levadiça impediu, por exemplo, a rendição em 1410 às tropas de Afonso 5º, de Aragão, após cerco de cinco meses.
Mas que não barrou, em 1528, a epidemia que matou 85% dos seus moradores, episódio lembrado na capela de São Roque, a uma centena de metros, fora das muralhas.
A Córsega é uma ilha em que a presença da França não faz unanimidade. Os mais velhos falam o corso e falam mal dos franceses. Na escola pública são ensinados o francês e o corso. Mas os pais pressionam as crianças a falarem francês, "a única língua que dá um bom emprego". O turismo local sobrevive, dignamente. (JBN)



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