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Cidades querem ser grife turística
DA ENVIADA ESPECIAL
Desde que assumiu a Presidência da Argentina, Fernando de la
Rúa diz que uma de suas prioridades é intensificar o turismo no
país. Para receber parte dos US$
12 milhões que a Secretaria de Turismo (Sectur) tem para gastar
com a promoção turística entre os
estrangeiros, as três cidades do
chamado Corredor Patagônico
-Puerto Madryn, Ushuaia e Calafate- se juntaram.
Com o objetivo de tornar conhecida a região, os governos das
três cidades estão preparando
uma estratégia de marketing, que
deve ficar pronta em dois anos. A
idéia é criar uma marca que "venda" os três destinos.
"Os brasileiros conhecem apenas Buenos Aires e Bariloche. E o
que sabem da Patagônia? Talvez a
associem à idéia de frio, que, dá
para ver, não é bem real aqui em
Madryn", diz o secretário de Turismo de Puerto Madryn, Hector
T. Morales.
Apesar de o plano ainda não estar terminado, os prefeitos das cidades acreditam em um aumento
no número de turistas brasileiros
já no próximo inverno, que é baixa temporada na região. E esse
otimismo tem uma razão de ser:
os investimentos privados.
Cada cidade montou as suas
parcerias e está dando incentivos
fiscais para as empresas que apostarem no turismo.
Puerto Madryn, por exemplo,
está com novos hotéis, três inaugurados no segundo semestre de
2000. Ushuaia tem um novo centro de inverno, o Cerro Castor, no
qual foram investidos US$ 13 milhões -em troca, os investidores
poderão explorá-lo por 25 anos.
Em Calafate, um novo aeroporto foi inaugurado -antes, chegar
à cidade só era possível em aeronaves pequenas e em vôos com
muitas conexões.
Para Alexis Simonovic, secretário de Turismo de Calafate, a
inauguração do aeroporto internacional da cidade é o primeiro
passo para a "integração aérea"
da região.
"Já contatamos (as prefeituras
das três cidades) as companhias
aéreas Aerolineas Argentinas e
Lapa. Queremos criar uma parceria para que uma delas crie uma
passagem que dê direito aos três
destinos, com preço promocional", disse Simonovic.
A partir do final de janeiro já haverá vôos regulares para Calafate
direto de Buenos Aires e Bariloche. Hoje, é necessário fazer escala em Trelew.
Os representantes das três cidades também pretendem confeccionar material promocional em
português para atrair mais brasileiros, que, segundo eles, ainda
chegam em número insignificante. Atualmente, 50% dos turistas
que visitam a Patagônia são argentinos. Brasileiros, asiáticos e
africanos correspondem a apenas
10% dos turistas da região.
(MR)
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