DA ENVIADA ESPECIAL

Longe, fria, vazia. Mas estrategicamente importante. Para povoar a Terra do Fogo, o governo argentino testou várias políticas. Sempre, depois de alguns anos, as pessoas desistiam de ficar em Ushuaia e voltavam para o norte.
Mas uma decisão tomada na década de 70 parece estar dando certo há quase 30 anos. Com incentivos fiscais, o governo conseguiu levar para o fim do mundo algumas fábricas, principalmente de componentes eletrônicos.
Com isso, os funcionários trouxeram as suas famílias e a população de Ushuaia foi crescendo. Hoje são 50 mil pessoas. Em toda a Província da Terra do Fogo, são 100 mil pessoas.
Hoje, além de agradar aos moradores, o fato de a cidade ser uma zona franca de comércio agrada também aos turistas.
A cidade é cheia de lojas que lembram um free shop de aeroporto internacional. De perfumes a gravatas de grife, os produtos importados são até 40% mais baratos na cidade de Ushuaia em relação ao resto da Argentina.
Até produtos argentinos, como artefatos de couro e vinhos, por exemplo, são bem mais baratos na cidade. Mas, como em toda zona franca, existe um limite de compra. Nenhuma pessoa pode sair da cidade com mais de duas garrafas de bebida alcoólica, por exemplo.
"Não somos uma zona franca para abastecer as outras Províncias. A isenção fiscal é uma política tomada para povoar a região, para consumo local", explica o prefeito de Ushuaia. (MR)



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