São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 2001

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CHEIRO DE CAFÉ
Subida e descida simultânea dos bondinhos no sistema funicular diverte passageiros
Monte Serrat conserva a pose

DA ENVIADA ESPECIAL A SANTOS

Mesmo sem o glamour dos anos 40, quando Carmem Miranda e Francisco Alves cantavam no cassino do Monte Serrat, que funcionou em Santos de 1927 a 1946 em meio a um cenário com janelas com vidros belgas e piso de mármore de Carrara, o local não perdeu a pose.
Do alto do mirante onde funcionava o antigo cassino -no topo do morro a 157 m de altitude e transformado em complexo turístico em 1998-, avista-se o centro histórico, a torre da Bolsa do Café, a cadeia de Santos, o canal de Bertioga, o porto e, se a visão ajudar, alcança-se a Praia Grande.
Essa vista abençoada de 360 graus desempenhou no período colonial um papel estratégico na defesa da vila contra os invasores. E, para completar a proteção do local, à Nossa Senhora do Monte Serrat - santa de devoção do governador-geral do Brasil na época, dom Francisco de Souza, que ordenou a construção de uma capela, em 1603- é atribuído o milagre de salvar a vila. Em 1614, o morro desabou enquanto os invasores tentavam escalá-lo.
Hoje, os invasores poderiam optar por chegar ao topo por uma escadaria de 415 degraus ou por um charmoso bondinho, que trabalha no sistema funicular -um desce enquanto o outro sobe ao mesmo tempo.
O divertido do passeio é esperar o encontro dos dois, que desviam no meio da pista, indo cada um para um lado. O bondinho começou a funcionar em 1927 e hoje, restaurado, ainda é o mesmo que leva os passageiros por 242 metros de linhas férreas. (MM)


Bondinho - Praça Correia de Melo, 33; funciona diariamente das 8h às 20h (saídas a cada meia hora); o bilhete de ida e volta custa R$ 7



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