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CHEIRO DE CAFÉ
Subida e descida simultânea dos bondinhos no sistema funicular diverte passageiros
Monte Serrat conserva a pose
DA ENVIADA ESPECIAL A SANTOS
Mesmo sem o glamour dos
anos 40, quando Carmem Miranda e Francisco Alves cantavam no
cassino do Monte Serrat, que funcionou em Santos de 1927 a 1946
em meio a um cenário com janelas com vidros belgas e piso de
mármore de Carrara, o local não
perdeu a pose.
Do alto do mirante onde funcionava o antigo cassino -no topo
do morro a 157 m de altitude e
transformado em complexo turístico em 1998-, avista-se o centro histórico, a torre da Bolsa do
Café, a cadeia de Santos, o canal
de Bertioga, o porto e, se a visão
ajudar, alcança-se a Praia Grande.
Essa vista abençoada de 360
graus desempenhou no período
colonial um papel estratégico na
defesa da vila contra os invasores.
E, para completar a proteção do
local, à Nossa Senhora do Monte
Serrat - santa de devoção do governador-geral do Brasil na época, dom Francisco de Souza, que
ordenou a construção de uma capela, em 1603- é atribuído o milagre de salvar a vila. Em 1614, o
morro desabou enquanto os invasores tentavam escalá-lo.
Hoje, os invasores poderiam
optar por chegar ao topo por uma
escadaria de 415 degraus ou por
um charmoso bondinho, que trabalha no sistema funicular -um
desce enquanto o outro sobe ao
mesmo tempo.
O divertido do passeio é esperar
o encontro dos dois, que desviam
no meio da pista, indo cada um
para um lado. O bondinho começou a funcionar em 1927 e hoje,
restaurado, ainda é o mesmo que
leva os passageiros por 242 metros de linhas férreas.
(MM)
Bondinho - Praça Correia de Melo, 33;
funciona diariamente das 8h às 20h (saídas a cada meia hora); o bilhete de ida e
volta custa R$ 7
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