São Paulo, segunda-feira, 29 de abril de 2002

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LADO B

Arquiteto conta que concebeu o Museu de Arte Contemporânea de Niterói depois de desenhar as montanhas e o mar

Niemeyer traçou MAC mantendo paisagem

DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

"Primeiro desenhei o local, o mar ao fundo e, ao longe, as montanhas do Rio. Tinha que preservar a paisagem, belíssima, e subi a construção do museu que dizem parecer uma nave espacial surpreendente, pronta para decolar."
Do seu escritório no alto do edifício Ypiranga, na avenida Atlântica, junto ao forte de Copacabana -que ele queria ver transformado em praça (até fez simulação disso no computador)- Niemeyer falou sobre o Museu de Arte Contemporânea (MAC).
Capa da revista norte-americana "Newsweek" há três semanas, o MAC tem formas que também lembram uma flor ou um cálice e é emoldurado pela paisagem do Rio, que a piada antiga afirma ser a visão mais bela de Niterói. "Agora vejo com alegria que o novo prefeito da cidade está tocando as obras do passeio que ligará o local de chegada das barcas até o museu com o mesmo empenho que o anterior", diz ele.
Oscar Niemeyer, 94, que o arquiteto franco-suíço Le Corbusier dizia ter "as montanhas do Rio nos olhos", fez a silhueta do MAC, edificado num promontório à beira-mar, coincidir com ângulos da paisagem ao redor.
"Sou mesmo de Maricá", diz o pai da arquitetura moderna, lembrando do avô, "e de lá a vista surpreende, com os recortes barrocos da paisagem". (SILVIO CIOFFI)


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