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PARQUE NACIONAL
Os profissionais Roberto Linsker, Nicia Guerriero e Ary Amarante descrevem cenários mais marcantes
Arraia, praia do Leão e golfinho estão no topo da lista
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM FERNANDO DE NORONHA (PE)
Cada fotógrafo coleciona
seus pontos prediletos em Fernando de Noronha, arquipélago impropriamente chamado
de "a ilha". "O cenário mais deslumbrante, para mim, é ver os
Dois Irmãos a partir do mirante na trilha do Mirante dos Golfinhos. Muita gente é levada até
a trilha para ver a chegada desses mamíferos marinhos à baía
dos Golfinhos (uma das opções
de chegada à trilha), ou só para
descer na baía do Sancho. Mas a
visão do final da trilha, à direita,
em qualquer horário, é bárbara! E dá para ver as aves de perto, nos ninhos", conta a fotógrafa Nicia Guerriero, que sempre presta atenção à formação
das rochas vulcânicas.
Mas nem todas as cenas flagradas por Guerriero são belas.
"As fortes correntes marinhas
que vêm desde a África chegam
às praias do Parque Nacional
Marinho. Eu vi os fiscais do
Ibama recolhendo lixo que vem
de longe numa praia. É de chorar", conta a fotógrafa, que,
agora, está empenhada na produção de um livro sobre a geologia do arquipélago. "Em Noronha, quando o céu está a favor, é fácil fazer coisas lindas,
com qualquer câmera. Só precisa ter um bom olhar."
Já Ary Amarante diz que
guarda os momentos em que
encontrou grandes arraias e
meros, cardumes imensos de
peixes e tubarões no fundo do
mar. "Porém o mais especial
mesmo foi a oportunidade que
tive de fotografar os golfinhos-rotatores, em apnéia, há alguns
anos. Foi uma sensação incrível
estar sozinho, em mar aberto,
sendo rodeado por grupos de
golfinhos, entre eles alguns filhotes. O astral do momento
rendeu fotos boas", lembra o
fotógrafo subaquático, que recomenda aos iniciantes o batismo em Noronha, "feito em locais acessíveis a todos".
Já Roberto Linsker destaca a
praia do Leão como um dos lugares mais belos da ilha. "É ainda mais magnífico quando estão lá só você e suas pegadas."
Imperdível para ele é estar na
baía do Sancho durante o pôr-do-sol. "Ao ficar dentro d'água
no pôr-do-sol, vivi umas das experiências mais marcantes",
sugere Linsker, autor do livro
"Arquipélago de Noronha: O
Paraíso do Vulcão" (Tempos do
Mar).
(GABRIELA ROMEU)
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