São Paulo, quinta-feira, 29 de junho de 2006

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PARQUE NACIONAL

Os profissionais Roberto Linsker, Nicia Guerriero e Ary Amarante descrevem cenários mais marcantes

Arraia, praia do Leão e golfinho estão no topo da lista

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM FERNANDO DE NORONHA (PE)

Cada fotógrafo coleciona seus pontos prediletos em Fernando de Noronha, arquipélago impropriamente chamado de "a ilha". "O cenário mais deslumbrante, para mim, é ver os Dois Irmãos a partir do mirante na trilha do Mirante dos Golfinhos. Muita gente é levada até a trilha para ver a chegada desses mamíferos marinhos à baía dos Golfinhos (uma das opções de chegada à trilha), ou só para descer na baía do Sancho. Mas a visão do final da trilha, à direita, em qualquer horário, é bárbara! E dá para ver as aves de perto, nos ninhos", conta a fotógrafa Nicia Guerriero, que sempre presta atenção à formação das rochas vulcânicas.
Mas nem todas as cenas flagradas por Guerriero são belas. "As fortes correntes marinhas que vêm desde a África chegam às praias do Parque Nacional Marinho. Eu vi os fiscais do Ibama recolhendo lixo que vem de longe numa praia. É de chorar", conta a fotógrafa, que, agora, está empenhada na produção de um livro sobre a geologia do arquipélago. "Em Noronha, quando o céu está a favor, é fácil fazer coisas lindas, com qualquer câmera. Só precisa ter um bom olhar."
Já Ary Amarante diz que guarda os momentos em que encontrou grandes arraias e meros, cardumes imensos de peixes e tubarões no fundo do mar. "Porém o mais especial mesmo foi a oportunidade que tive de fotografar os golfinhos-rotatores, em apnéia, há alguns anos. Foi uma sensação incrível estar sozinho, em mar aberto, sendo rodeado por grupos de golfinhos, entre eles alguns filhotes. O astral do momento rendeu fotos boas", lembra o fotógrafo subaquático, que recomenda aos iniciantes o batismo em Noronha, "feito em locais acessíveis a todos".
Já Roberto Linsker destaca a praia do Leão como um dos lugares mais belos da ilha. "É ainda mais magnífico quando estão lá só você e suas pegadas."
Imperdível para ele é estar na baía do Sancho durante o pôr-do-sol. "Ao ficar dentro d'água no pôr-do-sol, vivi umas das experiências mais marcantes", sugere Linsker, autor do livro "Arquipélago de Noronha: O Paraíso do Vulcão" (Tempos do Mar). (GABRIELA ROMEU)


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