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ESCANDINÁVIA
País vai à final da Davis
Borg fez do
tênis sueco a
bola da vez
FERNANDA PAPA
da Reportagem Local
Entre os dias 28 e 30 de novembro, a Suécia receberá os Estados
Unidos para disputar o título da
Copa Davis 1997, a maior competição de tênis por países do mundo.
O time, liderado por Jonas
Bjorkman, tentará ser campeão da
Davis pela sexta vez, depois dos
triunfos em 1975, 84, 85, 87 e 94. Os
EUA já venceram 31 vezes.
A boa performance sueca até a
fase semifinal da competição -na
qual venceu a Itália, na semana
passada-, sem falar no circuito
profissional da ATP (Associação
dos Tenistas Profissionais), reflete
a tradição do país no esporte.
Bjorkman, 25, que eliminou o
brasileiro Gustavo Kuerten, 21, do
Aberto dos EUA, no início do mês,
em Nova York, ocupa a 13ª colocação no ranking. Nasceu na pequena cidade de Vaxjo.
Thomas Enqvist, 23, segundo jogador da equipe e nascido em Estocolmo, é o 15º da lista, na qual já
ocupou a 6ª colocação no início da
temporada.
Niklas Kulti, 26, também de Estocolmo, é o 12º duplista do mundo. Ele e Bjorkman formam a sexta
melhor parceria do circuito.
Magnus Larsson, 27, quarto jogador da equipe e nascido na cidade de Olofstrom, é o 25º do ranking da ATP.
A era Borg
Desde os anos 60 a Suécia tem sido bem representada no circuito
mundial. Naquela época, obteve
reconhecimento com Jan Erik
Lunquist e Uls Schmidt.
Mas foi em 1974 que um certo
Bjorn Borg, aos 18 anos, colocou o
país no trono do tênis mundial,
vencendo o Aberto da França.
Dali até 1981, ganhou esse torneio outras cinco vezes, além de
ter conquistado cinco títulos de
Wimbledon e chegado a quatro finais do Aberto dos EUA.
Em 1977, ocupava a primeira colocação do ranking mundial. Já
afastado das quadras, em 1985,
Borg foi nomeado embaixador do
turismo da Suécia.
O país era sinônimo de Bjorn
Borg, o "ice-borg", conhecido
assim por sua frieza na quadra.
Nascido na pequena Sodertaljie,
perto de Estocolmo, Borg inspirou
a prática do tênis em seu país, que,
desde então, pôs outros 11 tenistas
entre os 10 melhores do mundo.
Mantendo a tradição
Mats Wilander, em 1988, e Stefan
Edberg, em 1990, foram os dois
que também alcançaram a liderança do ranking mundial.
Wilander, 33, nascido em Vaxjo
e considerado discípulo de Borg,
conservou o estilo de jogo no fundo da quadra aliado ao eficiente
"top spin". Venceu os Abertos da
Austrália e da França, em Roland
Garros, 3 vezes e também soma 1
título do Aberto dos EUA.
Edberg, 31, por sua vez, inovou e
encantou o mundo com seu jogo
de saque-voleio, marca registrada
do jogador, bicampeão de Wimbledon e do Aberto dos EUA e dono de um título no Aberto da Austrália. Natural da cidade de Vastervik, aposentou-se no ano passado.
Ele também foi o primeiro do
mundo nas duplas, feito que divide apenas com o norte-americano
John McEnroe.
Fora das quadras, Edberg seguiu
o exemplo de Borg na divulgação
da Suécia e participou da campanha de apoio à candidatura de Estocolmo para a Olimpíada de 2004.
Borg também promoveu a candidatura da cidade, que perdeu para a grega Atenas.
Atualmente, há quadras de tênis
públicas em quase todas as cidades
do país, e 50 suecos estão disputando o circuito profissional.
Seis deles (Bjorkman, Enqvist,
Larsson, Magnus Norman, Thomas Johansson, Magnus Gustafsson e Mikael Tillstrom) estão entre
os 80 melhores do mundo.
A Federação Sueca de Tênis
mantém programas para crianças,
adotando equipamento especial,
com raquetes mais leves e redes
mais baixas.
O método foi exportado para várias partes do mundo, inclusive
para o Brasil.
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