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ESCANDINÁVIA
Movimentação e humor na capital da Noruega variam de acordo com o termômetro
Clima dita ritmo da noite em Oslo
do enviado especial à Escandinávia
Oslo tem uma noite longa, agitada e musical. Sextas e sábados são
os dias escolhidos pelos noruegueses para sair às ruas e beber cerveja
e aquavit, dançar e perambular de
um bar a outro até as 7h.
É claro que a movimentação varia de acordo com o termômetro,
quanto mais o ponteiro sobe
(maio a agosto), mais gente sai às
ruas, mais artistas se apresentam
nos calçadões e praças, mais alegres parecem as pessoas.
Quando a temperatura começa a
cair (setembro a abril), o movimento diminui, mas o clima nas
casas noturnas continua quente.
As ruas Rosenkrantz, Karl Johans e arredores, no centro, concentram o maior número de bares
e casas noturnas.
Para quem gosta de rock pesado,
o Puben Tutogkiar, o Route 66 e o
Bozo Music Bar são boas opções.
Instalados lado a lado na rua Kirke, disputam a tapa os metaleiros.
Próximo dali, a cerca de dez metros, na Karl Johans, o Woodstock
reúne um público mais eclético,
alternando rock com tecno na sua
pista de dança.
Para quem prefere rock inglês
-tipo Oasis, Blur, Pulp- ou grupos com sucessos na parada, como
o sueco Cardigans ou o norte-americano Cake, a dica é o So What,
na Grensen, 9.
Escondido no fundo de uma pequena galeria, o clube é ponto de
roqueiros e modernos em geral.
São dois ambientes: no térreo
funciona uma espécie de café com
som mais suave, mesas e um pequeno balcão. No porão fica a pista
de dança e um longo balcão de madeira. A qualidade do som é excelente. Dá para dançar até as 3h30,
quando a casa fecha. O preços são
razoáveis, com cerveja a 50 coroas.
Depois desse horário, a Smuget,
na Rosenkrantz, é uma boa saída.
O som não é lá essas coisas, mas, a
partir dessa hora, o local ferve até
as 6h. Por perto ficam outras casas
com sons do reggae ao house.
Para quem está a fim de um pouco mais de sossego e quer apenas
beber uma boa cerveja -a Ringnes (40 coroas por meio litro)-, o
Andy's fica aberto até tarde.
Filas e porteiros
Como em São Paulo, as filas fazem parte das noites de Oslo.
Como praticamente todas as casas têm pista de dança e não cobram nada pela entrada, a formação de filas é inevitável. Cabe ao
interessado escolher em qual vai
esperar pelo menos 20 minutos.
Mas atenção: para tentar evitar a
superlotação, musculosos porteiros estendem seus braços barrando a entrada dos mais afoitos e
controlando o fluxo de entrada e
saída. Por isso, não adianta empurrar ou tentar entrar no grito.
Quando tudo isso termina, ou
seja, quando o sol já dá sinais de
vida, o cenário é curioso.
Enquanto em alguns cantos garotos e garotas dormem tentando
apagar a ressaca, filas se formam
nos pontos de táxi e de ônibus. É
hora de ir para a cama se preparar
para o próximo fim-de-semana.
Uma dica para quem pretende se
acabar na noite: escolha um hotel
no centro.
(LUIZ HENRIQUE RIVOIRO)
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