São Paulo, segunda, 29 de setembro de 1997.



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ESCANDINÁVIA
Movimentação e humor na capital da Noruega variam de acordo com o termômetro
Clima dita ritmo da noite em Oslo

do enviado especial à Escandinávia

Oslo tem uma noite longa, agitada e musical. Sextas e sábados são os dias escolhidos pelos noruegueses para sair às ruas e beber cerveja e aquavit, dançar e perambular de um bar a outro até as 7h.
É claro que a movimentação varia de acordo com o termômetro, quanto mais o ponteiro sobe (maio a agosto), mais gente sai às ruas, mais artistas se apresentam nos calçadões e praças, mais alegres parecem as pessoas.
Quando a temperatura começa a cair (setembro a abril), o movimento diminui, mas o clima nas casas noturnas continua quente.
As ruas Rosenkrantz, Karl Johans e arredores, no centro, concentram o maior número de bares e casas noturnas.
Para quem gosta de rock pesado, o Puben Tutogkiar, o Route 66 e o Bozo Music Bar são boas opções. Instalados lado a lado na rua Kirke, disputam a tapa os metaleiros.
Próximo dali, a cerca de dez metros, na Karl Johans, o Woodstock reúne um público mais eclético, alternando rock com tecno na sua pista de dança.
Para quem prefere rock inglês -tipo Oasis, Blur, Pulp- ou grupos com sucessos na parada, como o sueco Cardigans ou o norte-americano Cake, a dica é o So What, na Grensen, 9.
Escondido no fundo de uma pequena galeria, o clube é ponto de roqueiros e modernos em geral.
São dois ambientes: no térreo funciona uma espécie de café com som mais suave, mesas e um pequeno balcão. No porão fica a pista de dança e um longo balcão de madeira. A qualidade do som é excelente. Dá para dançar até as 3h30, quando a casa fecha. O preços são razoáveis, com cerveja a 50 coroas.
Depois desse horário, a Smuget, na Rosenkrantz, é uma boa saída. O som não é lá essas coisas, mas, a partir dessa hora, o local ferve até as 6h. Por perto ficam outras casas com sons do reggae ao house.
Para quem está a fim de um pouco mais de sossego e quer apenas beber uma boa cerveja -a Ringnes (40 coroas por meio litro)-, o Andy's fica aberto até tarde.
Filas e porteiros
Como em São Paulo, as filas fazem parte das noites de Oslo.
Como praticamente todas as casas têm pista de dança e não cobram nada pela entrada, a formação de filas é inevitável. Cabe ao interessado escolher em qual vai esperar pelo menos 20 minutos.
Mas atenção: para tentar evitar a superlotação, musculosos porteiros estendem seus braços barrando a entrada dos mais afoitos e controlando o fluxo de entrada e saída. Por isso, não adianta empurrar ou tentar entrar no grito.
Quando tudo isso termina, ou seja, quando o sol já dá sinais de vida, o cenário é curioso.
Enquanto em alguns cantos garotos e garotas dormem tentando apagar a ressaca, filas se formam nos pontos de táxi e de ônibus. É hora de ir para a cama se preparar para o próximo fim-de-semana.
Uma dica para quem pretende se acabar na noite: escolha um hotel no centro. (LUIZ HENRIQUE RIVOIRO)


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