São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros FOCO Cheia de contrastes, Palermo exibe similaridade com Brasil DO ENVIADO À ITÁLIA "Basta! Basta!", diz a mãe ao filho, enquanto tapas no garoto rolam soltos. O menino ri. A cem metros dali, dois casais que não conhecem um ao outro, que saíram da igreja vestidos de noivos, posam para fotos em um bosque. E, não muito distante, em uma região portuária, seis garotos, com idades entre 12 e 16 anos, correm, dão saltos ao mar e, só de cueca, jogam bola. O mais novo é pego à força e atirado na água a contragosto. Tais cenas (reais) foram vistas em menos de 30 minutos em Palermo, na Sicília, cidade que deve ser incluída em roteiro de visita à Itália. Os sicilianos se parecem com os brasileiros: são amorosos, simpáticos e espetaculosos. A capital da península é cheia de contrastes. De um lado, há prédios que parecem desmoronar. De outro, há igrejas que tendem ao extravagante, herança da invasão normanda, ocorrida em 1130. MONREALE Fundada em 1172 pelo rei Guilherme 2º, a catedral de Monreale (do latim "mons regalis", ou seja, "montanha real") impressiona por sua arquitetura e decoração. Do lado de fora, parece uma edificação simples, mas seu interior reluz com os diversos mosaicos feitos por artistas bizantinos e sicilianos. A obra é fruto de uma competição do rei com o arcebispo de Palermo. "Ele construiu Monreale no alto da colina como símbolo de poder, para mostrar 'quem mandava ali'", explica a guia Raffaela Niccolini. Olhe um bom tempo para o alto e siga os mosaicos, que foram construídos em 1182. Em uma das cenas, há referência à arca de Noé. De um lado a outro do salão, os ladrilhos estampam as cenas do Velho Testamento, os Ensinamentos de Cristo e o Evangelho. (RM) Texto Anterior: Diretamente das parreiras, prove uvas doces em vinícola siciliana Próximo Texto: Enredo de Shakespeare moldou Verona Índice | Comunicar Erros

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