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CAPITAIS BRASILEIRAS
Belo Horizonte oferece bares, restaurantes e danceterias capazes de agradar aos mais exigentes
Dança e cachaça animam noite mineira
ROSEANE SANTOS
free-lance para a Folha
"Aqui, nesse mundinho fechado, ela é incrível." Nem precisa ir
a danceterias para saber que os
versos são de "Garota Nacional",
hit do grupo mineiro Skank.
Mas, para conhecer o mundinho, nem um pouco fechado, só
mesmo visitando Belo Horizonte.
Oferecendo opções que vão do
sofisticado ao popular, a capital
mineira não deixa nada a desejar
diante das grandes metrópoles.
A definição da noite mineira se
mistura entre os mais variados discursos dos empresários que fazem
dela uma atração.
Com 20 anos de experiência no
ramo, a dona do bar e café São Jorge, Nely Rosa, já perdeu a conta
das histórias que presenciou.
Ela chegou a encontrar um casaco com US$ 2.000. O dinheiro havia sido doado para um bazar que
funcionava dentro do café. O bar é
usado para apresentações de contos, cantorias e um forró.
O público do bar e café São Jorge
varia entre intelectuais e seus filhos, mas a garotada que se adapta
mais à música eletrônica pode
contar com outra alternativa.
Há aproximadamente um ano,
surgiu uma danceteria com um estilo diferente: a Willow.
Criada pelos empresários Oswaldo Naves, 26, e Ronaldo Oliveira,
27, utiliza o trabalho de anões caracterizados de acordo com a história de Branca de Neve.
São 8 anões, 2 Brancas de Neve e
2 príncipes que, além de servir as
bebidas, também animam a danceteria com performances.
Há quem diga que os anões são
explorados e ridicularizados, mas
eles não se queixam do trabalho.
De acordo com Oswaldo Naves,
cada um deles recebe um salário de
R$ 500. Isso sem contar as gorjetas
e os outros trabalhos a que são
convidados por meio da Willow.
Comida
Há na capital mineira casas para
quem está à procura de um lugar
mais calmo para conversar ou
quer saborear uma boa comida.
Um dos mais tradicionais restaurantes de Belo Horizonte fica no
bairro Savassi. Trata-se do Chico
Mineiro, que aposta na comida caseira e no bom atendimento.
Na mesma linha está o Dona Lucinha. Ambos com preços que variam de R$ 10 a R$ 18.
Tão famosa quanto a comida é a
bebida mineira. Para falar sobre isso, ninguém melhor que Dirlene
Maria Pinto, 35, diretora da Associação Mineira dos Produtores de
Cachaça de Qualidade.
Ela é dona da Alambique, casa
que já faz parte dos atrativos turísticos da noite de Belo Horizonte.
Dentro de um ambiente rústico e
com vista panorâmica, o visitante
tem à disposição 60 variações de
coquetéis de cachaça, com frutas,
refrigerantes, raízes medicinais e
bebidas curtidas em coco.
Quem não dispensa o chope
também estará bem servido.
Atualmente, a moda das casas do
ramo é colocar a chopeira na própria mesa, como fazem o Haus
Munchen e o Columbia.
Os embalos da noite não estão
somente dentro de danceterias ou
restaurantes. A Belotur promove
eventos gratuitos e ao ar livre.
Um é conhecido como "Música
ao Pé das Árvores". Ocorre às terças, a partir das 18h, com canções
dos anos 60. Quem visitar o parque
das Mangabeiras pode assistir ainda a "Seresta ao Pé da Serra", ao
cair da noite de sexta.
Endereços - Bar e Café São Jorge: r. Sergipe, 1.199, Savassi; Willow: r. Sergipe,
1.331; Alambique: av. Raja Gabaglia,
3.200, São Bento; Columbia Beer Bar: r.
Santa Heliodora, 141, Lourdes; Haus Munchen: r. Juiz de Fora, 1.257; Chico Mineiro:
r. Alagoas, 626, Savassi; Dona Lucinha: r.
Padre Odorico, 38, Savassi
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