São Paulo, Segunda-feira, 31 de Janeiro de 2000


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POLINÉSIA À AMERICANA
Paisagem possui vulcões e rochas negras
Visita a Big Island parece uma viagem de volta à Era Terciária

da enviada especial ao Havaí

Em Big Island (também conhecida como ilha Havaí), é difícil eleger a visão mais tocante.
Os olhos ficam divididos entre a imensidão negra das rochas vulcânicas que acompanham a estrada e parecem não ter fim -dando a impressão de que algum túnel do tempo nos levou de volta à Era Terciária- e a imponência dos picos vulcânicos do Mauna Loa e do Mauna Kea.
Logo na saída do Aeroporto Internacional de Hilo, trafegando pela Saddle Road (que corta a ilha de leste a oeste), você é brindado com as duas paisagens.
Na beira da estrada, grafites feitos com corais brancos, tirados das poucas praias da ilha e aplicados sobre as rochas pretas, formam várias mensagens.
Imponentes e majestosos, o Mauna Loa (grande montanha) e o Mauna Kea (montanha branca) estão um de cada lado da estrada. No cume do Mauna Kea, que tem 4.139 metros e é o mais alto do Havaí, é possível avistar uma camada de neve.
Muitos turistas costumam esquiar no local, enquanto outros aproveitam o sol e o calor à beira-mar.
Mas as principais atrações da ilha são os vulcões. Big Island foi formada com as sucessivas erupções de cinco vulcões: Kilauea (em atividade desde 83) e Mauna Loa (última erupção em 84), ainda ativos; Hualalai, cuja última erupção foi em 1801, Mauna Kea e Kohala, que não tiveram erupções na história recente.
Para aproximar o turista dessa história, foi criado no distrito de Puna o Parque Nacional dos Vulcões, a 40 minutos do aeroporto de Hilo, pela Highway 11 (a entrada custa US$ 10 por carro).
No coração do parque fica a caldeira do Kilauea. Cercado de crateras inativas, que soltam só fumacinha, o local é, segundo a mitologia havaiana, a casa da deusa Pele, a única que não sucumbiu ao fim da antiga religião e que ainda hoje é muito temida.
Várias trilhas e uma estrada ligando as crateras possibilita passeios a pé, de bicicleta ou de carro.
Só uma cratera, a Pu'u'Õ'õ, está ativa. Não é permitido se aproximar dela. Para uma melhor visualização, é preciso sobrevoar o local de helicóptero. A aventura custa de US$ 90 (na Island Adventures) a US$ 115 (na Helicopter Volcano Tour e na Free Golf).
Informações sobre o parque e as trilhas podem ser obtidas no centro de visitantes, logo na entrada. Algumas crateras, por exemplo, soltam fumaça sulfurosa, que pode ser prejudicial para quem tem problemas respiratórios.
O parque oferece ainda passeios por túneis formados nas rochas pela passagem da lava quente. Informações atualizadas sobre a atividade vulcânica podem ser obtidas pelo telefone local 985-6000.

Praias
Por ser a mais jovem das ilhas, Big Island é a que menos tem praias. Mas também é a que oferece algumas das mais deslumbrantes: as praias de areia negra, que proporcionam uma paisagem extremamente exótica.
As praias também são local de desova de tartarugas marinhas. Mexer com elas pode gerar multa de US$ 50 mil. Sua areia negra é formada pelos "escombros" das explosões que sucedem o contato da lava com a água do mar.
Com 10.473 km2 -pouco menor que a Jamaica-, Big Island é a maior ilha do arquipélago. Todas as outras, juntas, cabem duas vezes dentro dela.
Duas horas e meia de carro separam Kona (no extremo oeste) de Hilo (no extremo leste), as cidades principais. Em Hilo ficam os hotéis mais baratos. Kona, o berço do triatlo, é ideal para quem gosta de agito, com muitas lojas e restaurantes. Waikoloa é a região dos resorts de luxo. (RGV)



Passeios de helicóptero - Helicopter Volcano Tour: tel. local 329-7700; FreeGolf: tel. local 329-7700; Island Adventures: tel. local 961-6810; os helicópteros levam de quatro a seis pessoas




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