DA ENVIADA ESPECIAL

No meio do calçadão na praia do Embaré, o Aquário de Santos continua atração imbatível na preferência dos visitantes - depois da praia, é claro.
Com sorte, a fila para a entrada não passará de dez minutos.
E, dentro, você vai tentar se esquivar das fotos que os pais fazem dos pimpolhos junto aos vidros de cada morador local: "Filho, olha a mocréia", grita a mãe para o "Júnior".
Era moréia, mas tudo bem, porque esse estranhíssimo ser com jeitão de serpente não fica distante da definição materna.
Essa pequena teatralidade com cara de confusão faz parte do show de estar nesse lugar tradicionalíssimo. O Aquário de Santos tem 63 anos e, depois da recente reforma, perdeu um pouco do clima que o fazia uma espécie de cartão-postal oficial da infância de qualquer pessoa com mais de 25 anos.
Sem se importar com os cliques fotográficos incessantes, dentro d'água o preguiçoso tubarão-lixa parece nada disposto a subir um pouquinho e chegar ao vidrão para se encaixar num ângulo melhor.
Pena, porque ele é das atrações mais concorridas, ao lado do leão-marinho e das tartarugas. Pobre do sapo, que quase não atrai olhares - mas, com seu jeito bonachão, impressiona mais que qualquer peixe e todos os pingüins somados.
Com 4.000 espécies, o aquário santista é programa cult para os adultos, que diverte as crianças. Clic! (PPR)