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MAKING OF
TV viaja de ônibus em SP para atrair espectadores
RICARDO MOREIRA DOS SANTOS
da Reportagem Local
Fazer programas de variedades em vídeo para
quem anda de ônibus.
Esta é a idéia da Vídeo
Bus, empresa que desde
junho deste ano começou
a transmitir seus programas em ônibus e terminais
rodoviários de São Paulo.
"É uma programação leve, sem más notícias", diz
a atriz Rita Damasceno,
27, apresentadora e produtora dos vídeos.
O programa dura duas
horas e tem entrevistas,
clipes musicais, dicas culturais e de saúde, além de
anúncios comerciais.
Rita compara o seu programa a outros da TV
aberta, como o "Vitrine",
da Cultura, e os da MTV.
O sistema de instalação
não é complicado. Uma
TV é instalada junto com
um vídeo dentro de uma
caixa fechada no ônibus.
As fitas VHS são rebobinadas e recomeçam automaticamente, ficando por
volta de 20 horas rodando
por dia. A cada semana,
uma fita com um programa novo é trocada.
Essa é, aliás, uma das
poucas queixas dos usuários da linha 409E - Jardim
Ângela, que adotou a TV.
O motorista do ônibus,
Ilson Lourenço, 29, diz
que "quem usa a linha todos os dias reclama um
pouco por ser a mesma
programação, mas as pessoas gostaram da idéia".
Já a desempregada Marizete Conceição Rocha, 29,
usuária da linha, prefere a
programação do ônibus a
assistir a TV aberta.
Comparando ao programa de variedades apresentado por Fausto Silva aos
domingos na Globo, ela
diz: "O Faustão é muito
enjoado, eu prefiro os programas que passam aqui".
O gerente comercial da Vídeo Bus, Dirceu Mattos,
diz que a intenção da empresa é diversificar a programação, mas que depende ainda dos anunciantes.
Todos os custos de instalação e manutenção dos
equipamentos ficam por
conta da empresa produtora dos programas.
A instalação dos aparelhos está sob a aprovação
da SPTrans nas linhas tipo
executivo. O gerente-geral
de engenharia Edilson
Reis, 45, diz que a tendência é expandir a instalação
para os circulares, dependendo da aceitação dos
usuários. A linha Avenidas
deverá circular em breve
com TVs.
A Vídeo Bus vem atuando na Baixada Santista
desde dezembro de 96. Até
hoje, já foram investidos
R$ 700 mil. No total, a empresa tem 200 conjuntos
de TVs e vídeos operando.
Anunciante na TV ambulante há quatro meses, o
gerente da revista "Made
in Japan" Nelson Toyomura ressalta a vantagem
do custo do anúncio.
"É mais barato que a TV
normal e eu atinjo um público específico", explica.
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