São Paulo, domingo, 2 de agosto de 1998

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Livro revela segredos da vida de paquita

de São Paulo

Ser paquita é ter trânsito livre pelo "Império Xuxa". Mas é também ser submetida a uma disciplina rigorosa imposta por Marlene Mattos, empresária de Xuxa.
Isso inclui muitas horas de ensaios, outras tantas mais de gravações, jamais engordar e, aconteça o que acontecer, manter o sorriso sempre.
Pelo menos é o que garante o diretor de televisão João Henrique Schiller em seu livro "Sonhos de Paquita - Nos Bastidores do Xou", publicado 1996.
Ele foi diretor de alguns quadros do programa da Xuxa de 1988 até 1995.
Schiller também garante que o livro foi baseado em declarações das oito integrantes da segunda geração de paquitas: Ana Paula Almeida, Ana Paula Guimarães - que participou também do primeiro grupo- Bianca Rinaldi, Cátia Paganote, Flávia Costa, Juliana Baroni, Priscila Couto e Roberta Cipriani.
Desde 1995, Marlene substituiu esse grupo pelo que está até hoje com Xuxa.
Os depoimentos foram gravados em 25 fitas cassetes, guardadas em um cofre desde que, segundo Schiller, Marlene ameaçou processá-lo por causa do livro.
No capítulo "A Reunião", o diretor descreve o que considera "o momento de pior lembrança para as meninas".
Um encontro de Marlene com as paquitas, no qual ela teria mandado as meninas tirarem as roupas para ver se estavam com o peso ideal para o "padrão de paquitas".
"Convidamos o João para dirigir uma peça sobre os bastidores do programa, no estilo de "Confissões de Adolescente'. Ele interpretou nossas histórias a seu modo para se promover", disse Juliana Baroni.
Bianca Rinaldi concorda. "Acho que ele queria vender livros e ganhar dinheiro à nossa custa."
Mas ele não conseguiu. Segundo Schiller, Marlene vetou a divulgação de seu livro na imprensa, e por isso, não alcançou a vendagem esperada.
A assessora de Xuxa, Mônica Muniz, disse que o assunto do livro é muito antigo e que nem a apresentadora nem Marlene falariam sobre isso.
Mônica Muniz disse ainda que, se fossem publicadas reportagens sobre o assunto, a Folha não teria mais acesso às informações sobre Xuxa. (AL)



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