São Paulo, domingo, 10 de janeiro de 1999

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Autora teve vida e obra intensas

da Sucursal do Rio

Chiquinha Gonzaga viveu muito, morreu aos 87 anos, produziu muitas músicas, cerca de 2.000 partituras, e muitos escândalos -diz a historiadora Edinha Diniz, autora do livro "Chiquinha Gonzaga, uma História de Vida", uma das biografias em que a minissérie é baseada.
Chiquinha casou-se a primeira vez aos 16 anos, com um oficial da Marinha Mercante, por imposição de seus pais. Quando se viu obrigada pelo marido a escolher entre ele e o piano, não teve dúvidas: "Senhor meu marido, fico com o piano, porque eu não posso viver sem harmonia."
Logo depois, casou-se novamente, com um engenheiro de estradas de ferro. As frequentes infidelidades do marido fazem com que ela o abandone.
Começa a dar aulas de piano. Passa a tocar em festas e a frequentar o ambiente artístico da época.
Em 1877, publica seu primeiro grande sucesso, a polca "Atraente". Em 1885, estréia no teatro como compositora.
Durante esse período, participa ativamente das lutas abolicionistas e dos movimentos republicanos.
No mesmo ano em que escreveu um de seus maiores sucessos, "Ó Abre Alas", 1899, conhece João Batista Fernandes Lage, um rapaz de 16 anos com quem manterá uma relação até o final de sua vida.
Dois dias depois de ela morrer, em 28 de fevereiro de 1935, realiza-se o primeiro concurso oficial das escolas de samba do Rio.
Para viver a saga de Chiquinha Gonzaga, Regina e Gabriela Duarte leram livros sobre a compositora, romances da época e tiveram aulas de música.
"Até trouxe de volta o piano à minha vida, já que minha mãe era professora", conta Regina.



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